Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) podem ter descoberto a cura da AIDS.
Isto devido a um estudo, que começou em 2013, realizado pela instituição e coordenado pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz foi feito em escala global a fim de testar um novo tratamento em pessoas contaminadas pelo HIV.

Com ele, os pesquisadores conseguiram eliminar o vírus de uma pessoa que convivia há sete anos com a doença.

A pesquisa foi feita com 30 voluntários que tinham carga viral indetectável de HIV. Todos os pacientes estavam em tratamento há mais de dois anos.

A equipe da Unifesp usou um misto de medicamentos, substâncias que matam o vírus da AIDS e uma vacina produzida com o DNA de cada pessoa que faz com que o sistema imunológico reaja e encontre as células infectadas. São quatro drogas administrados pelos pesquisadores, além da vacina.

“A gente intensificou o tratamento. Usamos três substâncias no estudo, além de criar uma vacina”, disse o pesquisador em entrevista à rede de televisão CNN Brasil no último sábado (04/07).

Atualmente paralisado devido à pandemia do coronavírus, o estudo deve contar ainda com mais uma fase, que incluirá o dobro de pessoas.

Saiba mais sobre o estudo no site da Unifesp clicando ou tocando AQUI.

Tratamento

Diaz, e sua equipe, vem trabalhando em duas frentes para a cura da doença: uma utilizando medicamentos e substâncias que matam o vírus no momento da replicação e eliminam as células em que o HIV fica adormecido (latência); e a outra desenvolve uma vacina que leva o sistema imunológico a reagir e eliminar as células infectadas nas quais o fármaco não é capaz de chegar.

Os integrantes do subgrupo que apresentaram melhores resultados receberam mais dois antirretrovirais: o dolutegravir, a droga mais forte atualmente disponível no mercado; e o maraviroc, substância que força o vírus, antes escondido, a aparecer.

Outras duas substâncias também foram incluídas, que potencializam o efeito dos medicamentos: a nicotinamida – uma das duas formas da vitamina B3, que mostrou ser capaz de impedir que o HIV se escondesse nas células; e a auranofina – um antirreumático, também conhecido como sal de ouro, que deixou de ser utilizado há muitos anos para tratar a artrite e outras doenças reumatológicas. A auranofina revelou potencial para encontrar a célula infectada e levá-la ao suicídio.

O infectologista explicou que os testes in vitro, in vivo (em animais) e, agora, em humanos confirmam que a nicotinamida é mais eficiente contra a latência quando comparada ao potencial de dois medicamentos administrados para esse fim e testados conjuntamente.

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Mas apesar da descoberta dessas substâncias (a nicotinamida e a auranofina) para a redução expressiva da carga viral, ainda seria necessário algo que ajudasse a imunidade dos pacientes contra o vírus. Dessa maneira, os pesquisadores desenvolveram uma vacina de células dendríticas, que conseguiu ensinar o organismo do paciente a encontrar as células infectadas e destruir uma a uma, eliminando completamente o vírus HIV.

A vacina de células dendríticas é extremamente personalizada já que é fabricada a partir de monócitos (células de defesa) e peptídeos (biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos) do vírus do próprio paciente.

Estímulo

Segundo Diaz, as células dendríticas são importantes unidades funcionais no sistema imunológico pois tem função é capturar microrganismos prejudiciais ao organismo para, em seguida, apresentá-los aos linfócitos T CD8. Quando apresentados, os linfócitos participam do controle de infecções, aprendem a encontrar e matar o HIV presente em regiões do corpo – chamadas pelos especialistas de “santuários” – aonde os antirretrovirais não chegam ou, quando chegam, atuam de forma muito modesta, como cérebro, intestinos, ovários e testículos.

Seis dos pacientes participantes receberam o supertratamento, mas ainda aguardam os resultados finais da terceira dose da vacina. “Somente após as análises de sangue e das biópsias do intestino reto desses pacientes vacinados é que partiremos para o desafio final: suspender todos os medicamentos de um deles e acompanhar como seu organismo irá reagir ao longo dos meses ou, até mesmo, dos anos”, conclui. “Caso o tempo nos mostre que o vírus não voltou, aí sim, poderemos falar em cura.”

Da Redação do Popular.net

PESQUISADORES BRASILEIROS ANUNCIAM TRATAMENTO QUE PODE SER A CURA DA AIDS


Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) podem ter descoberto a cura da AIDS.
Isto devido a um estudo, que começou em 2013, realizado pela instituição e coordenado pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz foi feito em escala global a fim de testar um novo tratamento em pessoas contaminadas pelo HIV.

Com ele, os pesquisadores conseguiram eliminar o vírus de uma pessoa que convivia há sete anos com a doença.

A pesquisa foi feita com 30 voluntários que tinham carga viral indetectável de HIV. Todos os pacientes estavam em tratamento há mais de dois anos.

A equipe da Unifesp usou um misto de medicamentos, substâncias que matam o vírus da AIDS e uma vacina produzida com o DNA de cada pessoa que faz com que o sistema imunológico reaja e encontre as células infectadas. São quatro drogas administrados pelos pesquisadores, além da vacina.

“A gente intensificou o tratamento. Usamos três substâncias no estudo, além de criar uma vacina”, disse o pesquisador em entrevista à rede de televisão CNN Brasil no último sábado (04/07).

Atualmente paralisado devido à pandemia do coronavírus, o estudo deve contar ainda com mais uma fase, que incluirá o dobro de pessoas.

Saiba mais sobre o estudo no site da Unifesp clicando ou tocando AQUI.

Tratamento

Diaz, e sua equipe, vem trabalhando em duas frentes para a cura da doença: uma utilizando medicamentos e substâncias que matam o vírus no momento da replicação e eliminam as células em que o HIV fica adormecido (latência); e a outra desenvolve uma vacina que leva o sistema imunológico a reagir e eliminar as células infectadas nas quais o fármaco não é capaz de chegar.

Os integrantes do subgrupo que apresentaram melhores resultados receberam mais dois antirretrovirais: o dolutegravir, a droga mais forte atualmente disponível no mercado; e o maraviroc, substância que força o vírus, antes escondido, a aparecer.

Outras duas substâncias também foram incluídas, que potencializam o efeito dos medicamentos: a nicotinamida – uma das duas formas da vitamina B3, que mostrou ser capaz de impedir que o HIV se escondesse nas células; e a auranofina – um antirreumático, também conhecido como sal de ouro, que deixou de ser utilizado há muitos anos para tratar a artrite e outras doenças reumatológicas. A auranofina revelou potencial para encontrar a célula infectada e levá-la ao suicídio.

O infectologista explicou que os testes in vitro, in vivo (em animais) e, agora, em humanos confirmam que a nicotinamida é mais eficiente contra a latência quando comparada ao potencial de dois medicamentos administrados para esse fim e testados conjuntamente.

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Mas apesar da descoberta dessas substâncias (a nicotinamida e a auranofina) para a redução expressiva da carga viral, ainda seria necessário algo que ajudasse a imunidade dos pacientes contra o vírus. Dessa maneira, os pesquisadores desenvolveram uma vacina de células dendríticas, que conseguiu ensinar o organismo do paciente a encontrar as células infectadas e destruir uma a uma, eliminando completamente o vírus HIV.

A vacina de células dendríticas é extremamente personalizada já que é fabricada a partir de monócitos (células de defesa) e peptídeos (biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos) do vírus do próprio paciente.

Estímulo

Segundo Diaz, as células dendríticas são importantes unidades funcionais no sistema imunológico pois tem função é capturar microrganismos prejudiciais ao organismo para, em seguida, apresentá-los aos linfócitos T CD8. Quando apresentados, os linfócitos participam do controle de infecções, aprendem a encontrar e matar o HIV presente em regiões do corpo – chamadas pelos especialistas de “santuários” – aonde os antirretrovirais não chegam ou, quando chegam, atuam de forma muito modesta, como cérebro, intestinos, ovários e testículos.

Seis dos pacientes participantes receberam o supertratamento, mas ainda aguardam os resultados finais da terceira dose da vacina. “Somente após as análises de sangue e das biópsias do intestino reto desses pacientes vacinados é que partiremos para o desafio final: suspender todos os medicamentos de um deles e acompanhar como seu organismo irá reagir ao longo dos meses ou, até mesmo, dos anos”, conclui. “Caso o tempo nos mostre que o vírus não voltou, aí sim, poderemos falar em cura.”

Da Redação do Popular.net