O Governo de Minas, por meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), acaba de lançar a campanha de prevenção a incêndios florestais. Com o tema “Quando a natureza sufoca, quem não respira é você”, a iniciativa apresenta peças publicitárias com mensagens educativas nas redes sociais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema)e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), parceiro na iniciativa.
A corporação militar é membro da Força-Tarefa Previncêndio (FTP), programa coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) para prevenção e combate a incêndios florestais nas unidades de conservação estaduais.
Além das peças para redes sociais, que serão veiculadas até outubro, a campanha prevê spot de rádio e divulgação de conteúdo jornalístico com informações sobre os impactos dos incêndios para o meio ambiente e a saúde. “A campanha tem foco nos sérios danos causados pelo fogo criminoso, capaz de consumir a vegetação, matar animais, secar nascentes, entre outros prejuízos ambientais, e ainda agravar doenças respiratórias na população”, diz o diretor-geral do IEF, Antônio Malard.
A divulgação da campanha coincide com o período crítico para a ocorrência de incêndios, que se estende até novembro, devido à estiagem. A temporada de incêndios florestais ocorre todos os anos com início em julho, atingindo o pico de ocorrências nos meses de setembro e outubro. O intervalo é marcado pela baixa incidência de chuvas e ressecamento da vegetação, além da baixa umidade relativa do ar, o que propicia maior número de focos de fogo.
Outras medidas
Somam-se à campanha outras ações do Estado para prevenção e combate a incêndios. Nesta semana, por exemplo, o IEF finaliza a avaliação de documentos dos inscritos no Processo Seletivo de Brigadistas Temporários. O resultado da 3ª etapa do processo foi publicado em 22/7.
A contratação faz parte dos esforços do órgão ambiental no combate aos incêndios florestais nas unidades de conservação (UCs) estaduais, durante o período crítico para essas ocorrências. Estão sendo disponibilizadas 265 vagas para brigadistas que atuarão nas UCs e nas Unidades Operacionais da Força-Tarefa Previncêndio, em atividades de prevenção, monitoramento e combate às ocorrências. O profissional cumprirá carga horária de 40 horas semanais, conforme demanda das unidades de conservação. Eles serão contratados por um período de 100 dias, prorrogável.
Também estão sendo adquiridos equipamentos para atuação em campo, como sopradores e bombas costais, além da contratação de aviões air-trator para lançamento de água. As ações da FTP são feitas a partir dos centros operacionais em Belo Horizonte, Curvelo e Januária.
No sábado (25/7), IEF e Semad publicaram no Diário Oficial do Estado resolução conjunta com novos critérios de uso, monitoramento e controle do fogo na agricultura e também para pesquisa científica e tecnológica no território mineiro. Saiba mais neste link.
Menos queimadas
Minas registrou em 2019 um alívio em relação aos incêndios florestais, na comparação com a área média historicamente atingida. Balanço do IEF mostra que o fogo em áreas internas de unidades de conservação mineiras consumiu cerca de 27 mil hectares no último ano. O número é 21% menor se comparado à média de 34 mil hectares/ano registrada em um intervalo de seis anos, entre 2013 e 2018.
O resultado, segundo o gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do IEF, Rodrigo Bueno Belo, se deve, em parte, às ações de prevenção, controle e contenção promovidas pelo instituto. “Apesar de ter sido um ano bastante crítico, devido ao longo intervalo sem chuvas significativas, o trabalho conjunto dos brigadistas, equipes de manutenção das unidades e instituições parceiras garantiu um bom desempenho com relação à área interna queimada”, destaca o gerente.
Outro fator preponderante para a redução foi o chamado “tempo resposta”. Dados do IEF apontam que o intervalo entre a notificação do incêndio e o deslocamento das equipes de contenção até o local identificado foi fundamental. “Apesar de não ser possível estabelecer números exatos capazes de relacionar área queimada e tempo-resposta, podemos afirmar que quanto mais rápido é o trabalho dos brigadistas, maior é a chance de debelar o incêndio ainda no início”, explica Bueno.
Trabalho conjunto
Para o diretor-geral do IEF, Antônio Malard, a diminuição da área queimada nas unidades de conservação estaduais é resultado, principalmente, do trabalho conjunto promovido pelo instituto, em parceria com os demais membros da Força-Tarefa Previncêndio: Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Corpo de Bombeiros, polícias Civil e Militar, Defesa Civil estadual, além de brigadas voluntárias e contratadas nas ações de prevenção e contenção de incêndios em Minas Gerais.
Minas Gerais conta, atualmente, com 93 unidades de conservação administradas pelo IEF, sendo o Instituto responsável pela proteção de uma área de 2,4 milhões de hectares no estado.
Com informações da Agência Minas
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