Durante a coletiva virtual realizada nesta quarta-feira (10/6), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, o secretário de estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, juntamente com o secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, reforçaram as medidas de isolamento e distanciamento social durante o feriado prolongado de Corpus Christi, que começa hoje (11/6). Na ocasião, também responderam perguntas da imprensa sobre as ações do Governo do Estado na prevenção e enfrentamento ao coronavírus.
De acordo com o secretário, estamos caminhando para um feriado prolongado e nesse momento é fundamental reforçar a necessidade de manter o isolamento social. “Pedimos a população que evitem aglomeração e viagens, principalmente, neste momento, em que há uma epidemia no estado e que já notamos algum grau de interiorização da doença, disse.
Aumento de casos
Ainda segundo Amaral, “no último feriado que tivemos, o do dia das Mães, notamos um aumento na circulação de pessoas e, consequentemente, dias depois, uma repercussão no aumento da curva. É muito importante que nesse feriado mantenhamos o isolamento social adequado, principalmente nesse momento de aceleração e a um mês para o pico da curva, e não podemos correr risco de ter uma explosão de casos”, reforça.
Além de apresentar os dados da Covid-19 em Minas, que até o momento registra 17.501 casos confirmados, sendo que 9.276 estão em acompanhamento, 7.816 casos recuperados e 409 óbitos confirmados para a doença, o secretário falou também sobre o aplicativo de telemedicina Saúde Digital, que está disponível para o sistema android, e que oferece atendimento imediato aos usuários do SUS.
“As pessoas que fizerem o download e a instalação do aplicativo podem fazer uma avaliação, por meio de inteligência artificial, dos sintomas que estão sentindo e, baseado nessa avaliação, o próprio aplicativo permite o agendamento de uma consulta com profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros ou psicólogos. Estamos estimulando fortemente para que as pessoas fiquem atentas a esse aplicativo para o monitoramento de sintomas e o risco de ter a covid-19”, disse.
Ocupação de leitos
Em relação a ocupação de leitos nas macrorregiões do estado, Carlos Eduardo Amaral, informou que a SES-MG acompanha diariamente esses dados, que são divulgados no boletim epidemiológico da Covid-19. “Quando a ocupação está alta ou acima de 100%, dispara na secretaria um sinal de avaliação sobre o que está acontecendo naquele momento, ou seja, se essa ocupação está, efetivamente, traduzindo em restrição assistencial ou se está, realmente, naquele nível no sistema. O SUSFácil é um sistema que depende da atualização dos dados por partes dos hospitais. Às vezes, pode haver uma demora na atualização dessas informações no SUSFácil e que pode estar relacionada ao aumento desses números. Além disso, temos nossas ações de ampliação e correção de desvios que possam estar acontecendo, todas estas ações são baseadas nos planos de contingências macrorregionais”, explica.
Ainda de acordo com Amaral, a SES-MG solicitou ao Ministério da Saúde o credenciamento de leitos no estado. “Hoje tivemos a publicação de mais de 300 leitos credenciados em hospitais do estado, dentro de um global do quantitativo que solicitamos, isso é uma notícia muito positiva e que irá permitir uma ampliação imediata de leitos em Minas”, conclui.
Barreiras Sanitárias
Em relação aos questionamentos sobre as barreiras sanitárias, o secretário adjunto de estado de Saúde, Marcelo Cabral, informou que a regulamentação e disciplina desse tipo de medida estão previstas em atos normativos, que apontam a eficácia e outras contenções para o enfrentamento da pandemia.
“A partir da Lei Federal 13.979, de 2020, as barreiras sanitárias são previstas em estradas interestaduais e intermunicipais, portos e aeroportos. As restrições em rodovias interestaduais têm a exigência de participação da Anvisa. Em Minas Gerais, procuramos fazer de maneira ponderada e equilibrada, seguindo os atos normativos e, daquilo que nos cabe, publicamos a nota técnica de nº 46, baseada na Lei Federal. Com isso, procuramos orientar aos gestores locais, sobre o estabelecimento dessas barreiras sanitárias, com o intuito de exercer algum controle em relação às questões epidemiológicas, caso seja necessário”, pontua.
Segundo Cabral, as barreiras sanitárias, dentro de critérios epidemiológicos, têm um grau de eficácia, mas dependem das atividades desempenhadas nesses locais. “A eficácia dessa medida no enfrentamento da doença depende de seguir as orientações previstas em Lei, do engajamento tanto daqueles que realizam a barreira, quanto da população, e das atividades desempenhadas nesses locais. O ideal é que essas medidas de contenção sejam aliadas ao isolamento e ao distanciamento social e demais medidas de prevenção à covid-19”, finaliza.
Por Míria César /Imprensa SES-MG
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