Durante os confrontos com a Polícia Militar (PM), um manifestante caiu do viaduto José Alencar, no entrocamento entre as avenidas Abraão Caram e Antônio Carlos. Segundo informações de outros manifestantes, o rapaz ficou desacordado após a queda e aparentava ter quebrado o braço. Ainda não há informações oficiais sobre o estado de saúde da vítima.

Neste momento, os conflitos ainda são intensos na avenida Antônio Carlos e uma parte dos manifestantes ameaça fechar o Anel Rodoviário, enquanto outro grupo quer voltar para a praça Sete. Uma agência de carros seminovos localizada na avenida foi depredada e a PM segue atirando bombas de efeito moral para dispersar a multidão, que tenta fugir. Após cerca de cinco horas de protesto sem nenhum conflito entre manifestantes e PM as primeiras exaltações já começam a acontecer. Por volta de 17h, o bloqueio da PM em torno do Mineirão, foi "furado" por alguns manifestantes. Neste momento, os militares passaram a atirar gás lacrimogênio nas pessoas e usar balas de borracha para impedir que o cerco continuasse sendo ultrapassado.

Os manifestantes reagiram à ação da polícia jogando pedras e colocando fogo  na avenida Antônio Carlos. Três labaredas de fogo se formaram no meio da avenida e a confusão começa a ser instaurada. Um repórter, que estava a serviço e filmava a ação da polícia através de um celular, teve o aparelho destruído pelo cacetete de um policial militar, um Major , mesmo após se identificar como jornalista.



Os conflitos continuam na avenida Antônio Carlos. Após o uso de bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha pela PM, os manifestantes continuam ateando fogo na rua usando sacos de lixo, e chegaram a quebrar as portas de uma agência bancária localizada na avenida.


Um grupo de manifestantes tentou ainda agredir a Comandante do Policiamento na capital, a coronel Cláudia Romualdo. No entanto, outro grupo de manifestantes se uniram ao redor da comandante e criaram um cordão de isolamento para protegê-la dos manifestantes mais exaltados. Eles tentam levá-la a um quartel da PM que fica próximo à UFMG.

Durante a confusão, uma pessoa foi presa e outras duas ficaram feridas. A Tropa de Choque e a Cavalaria da PM fecharam também, a avenida Abrahão Caram, para impedir que os manifestantes continuem seguindo em direção ao estádio.


Quase pacífica

Em Belo Horizonte, a manifestação por causa do preço da passagem, que sofreu diversos aumentos nos últimos anos, já contabiliza cerca de 20 mil manifestantes. A informação é do chefe da sala de imprensa da Polícia Militar (PM), major Gilmar Luciano. Segundo ele, o protesto, ocorria de forma pacífica. "Diferente da ação da polícia em outros estados, em Minas, há diálogo. 


Nós estamos no meio do povo, caminhando com eles e conversando e, até o momento, não tivemos problemas. É uma manifestação pacífica", conta. O relato do Major se deu antes do início do conflito entre manifestantes e PM.


Depois de fecharem a praça Sete, na tarde desta segunda-feira (17), no centro da capital, os manifestantes seguem pela Antônio Carlos até o Mineirão. Perto do estádio, há ainda outros protestos.

O cerco se fecha

Cerca de 200 metros depois da igreja da Pampulha, na avenida Otacílio Negrão de Lima, sentido Mineirão, três ônibus da Tropa de Choque da Polícia Militar fazem uma barreira para impedir a passagem dos manifestantes. A reportagem, avistou ainda carros do Exército nas proximidades do estádio, entretanto, a PM não confirma que solicitou o apoio da corporação para evitar que os manifestantes cheguem até o Mineirão. 

Participantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute) informaram que “querem dar visibilidade aos problemas do Brasil durante a Copa das Confederações”. Eles tentaram chegar até o Mineirão para entregar panfletos aos turistas, porém os manifestantes foram barrados pela PM. "A polícia nos parou antes do limite que poderíamos chegar, isso é uma arbitrariedade e vamos continuar aqui", disse Beatriz Cerqueira, presidente da Cut e coordenadora do Sindute.

Em protesto, manifestantes picharam um ônibus da linha 9502, que seguia sentido centro, na altura do viaduto República do Congo. Em caneta, e não em spray, foram escritas frases como: “R$2,80 não” e “Passe livre”. Outros veículos também foram pichados, sem o uso do spray.

Entre as motivações do protesto estão o valor da passagem de ônibus, gastos com a Copa da Confederação, reajuste salarial, dentre outros. Os manifestantes usam cartazes e faixas para demonstrar o descontentamento. Um deles diz "Copa para quem".

A PM informou que isso é uma medida preventiva e que a coronel Cláudia Romualdo está acompanhando a atuação dos militares.

Primeiro encontro

O primeiro encontro dos manifestantes aconteceu no sábado (15), na praça da Estação. De maneira pacífica, cerca de 8.000 manifestantes gritavam palavras de ordem e convidavam as pessoas para sair às ruas. Nenhuma ocorrência foi registrada pela polícia no local e comandantes do policiamento e manifestantes chegaram a conversar de maneira descontraída. Enquanto parte do público comemorava o gol de Neymar, o primeiro do Brasil contra o Japão, os manifestantes erguiam seus cartazes. Um deles dizia: “Enquanto te roubam, você grita gol”.

"Turista, em MG você não está seguro"

Policiais civis usaram faixas para alertar turistas que estão na capital para assistir ao jogo entre Taiti e Nigéria, às 16h, no Mineirão, sobre a falta de segurança em Belo Horizonte. Em um dos cartazes, a categoria escreveu em inglês "Tourist, in Minas Gerais state we cannot ensure your safety! The police is scrapped!". Traduzindo quer dizer "Turista, em Minas Gerais nós não podemos garantir a sua segurança. A polícia está desmantelada".


Em outra faixa, desta vez escrita em espanhol, os manifestantes alertam o governo para a falta de segurança "real e imediata".

Veja o trajeto percorrido pelos manifestantes:



Com informações e fotos do Jornal O Tempo

ESTUDANTE CAI DE VIADUTO EM BH DURANTE MANIFESTAÇÃO

Durante os confrontos com a Polícia Militar (PM), um manifestante caiu do viaduto José Alencar, no entrocamento entre as avenidas Abraão Caram e Antônio Carlos. Segundo informações de outros manifestantes, o rapaz ficou desacordado após a queda e aparentava ter quebrado o braço. Ainda não há informações oficiais sobre o estado de saúde da vítima.

Neste momento, os conflitos ainda são intensos na avenida Antônio Carlos e uma parte dos manifestantes ameaça fechar o Anel Rodoviário, enquanto outro grupo quer voltar para a praça Sete. Uma agência de carros seminovos localizada na avenida foi depredada e a PM segue atirando bombas de efeito moral para dispersar a multidão, que tenta fugir. Após cerca de cinco horas de protesto sem nenhum conflito entre manifestantes e PM as primeiras exaltações já começam a acontecer. Por volta de 17h, o bloqueio da PM em torno do Mineirão, foi "furado" por alguns manifestantes. Neste momento, os militares passaram a atirar gás lacrimogênio nas pessoas e usar balas de borracha para impedir que o cerco continuasse sendo ultrapassado.

Os manifestantes reagiram à ação da polícia jogando pedras e colocando fogo  na avenida Antônio Carlos. Três labaredas de fogo se formaram no meio da avenida e a confusão começa a ser instaurada. Um repórter, que estava a serviço e filmava a ação da polícia através de um celular, teve o aparelho destruído pelo cacetete de um policial militar, um Major , mesmo após se identificar como jornalista.



Os conflitos continuam na avenida Antônio Carlos. Após o uso de bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha pela PM, os manifestantes continuam ateando fogo na rua usando sacos de lixo, e chegaram a quebrar as portas de uma agência bancária localizada na avenida.


Um grupo de manifestantes tentou ainda agredir a Comandante do Policiamento na capital, a coronel Cláudia Romualdo. No entanto, outro grupo de manifestantes se uniram ao redor da comandante e criaram um cordão de isolamento para protegê-la dos manifestantes mais exaltados. Eles tentam levá-la a um quartel da PM que fica próximo à UFMG.

Durante a confusão, uma pessoa foi presa e outras duas ficaram feridas. A Tropa de Choque e a Cavalaria da PM fecharam também, a avenida Abrahão Caram, para impedir que os manifestantes continuem seguindo em direção ao estádio.


Quase pacífica

Em Belo Horizonte, a manifestação por causa do preço da passagem, que sofreu diversos aumentos nos últimos anos, já contabiliza cerca de 20 mil manifestantes. A informação é do chefe da sala de imprensa da Polícia Militar (PM), major Gilmar Luciano. Segundo ele, o protesto, ocorria de forma pacífica. "Diferente da ação da polícia em outros estados, em Minas, há diálogo. 


Nós estamos no meio do povo, caminhando com eles e conversando e, até o momento, não tivemos problemas. É uma manifestação pacífica", conta. O relato do Major se deu antes do início do conflito entre manifestantes e PM.


Depois de fecharem a praça Sete, na tarde desta segunda-feira (17), no centro da capital, os manifestantes seguem pela Antônio Carlos até o Mineirão. Perto do estádio, há ainda outros protestos.

O cerco se fecha

Cerca de 200 metros depois da igreja da Pampulha, na avenida Otacílio Negrão de Lima, sentido Mineirão, três ônibus da Tropa de Choque da Polícia Militar fazem uma barreira para impedir a passagem dos manifestantes. A reportagem, avistou ainda carros do Exército nas proximidades do estádio, entretanto, a PM não confirma que solicitou o apoio da corporação para evitar que os manifestantes cheguem até o Mineirão. 

Participantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute) informaram que “querem dar visibilidade aos problemas do Brasil durante a Copa das Confederações”. Eles tentaram chegar até o Mineirão para entregar panfletos aos turistas, porém os manifestantes foram barrados pela PM. "A polícia nos parou antes do limite que poderíamos chegar, isso é uma arbitrariedade e vamos continuar aqui", disse Beatriz Cerqueira, presidente da Cut e coordenadora do Sindute.

Em protesto, manifestantes picharam um ônibus da linha 9502, que seguia sentido centro, na altura do viaduto República do Congo. Em caneta, e não em spray, foram escritas frases como: “R$2,80 não” e “Passe livre”. Outros veículos também foram pichados, sem o uso do spray.

Entre as motivações do protesto estão o valor da passagem de ônibus, gastos com a Copa da Confederação, reajuste salarial, dentre outros. Os manifestantes usam cartazes e faixas para demonstrar o descontentamento. Um deles diz "Copa para quem".

A PM informou que isso é uma medida preventiva e que a coronel Cláudia Romualdo está acompanhando a atuação dos militares.

Primeiro encontro

O primeiro encontro dos manifestantes aconteceu no sábado (15), na praça da Estação. De maneira pacífica, cerca de 8.000 manifestantes gritavam palavras de ordem e convidavam as pessoas para sair às ruas. Nenhuma ocorrência foi registrada pela polícia no local e comandantes do policiamento e manifestantes chegaram a conversar de maneira descontraída. Enquanto parte do público comemorava o gol de Neymar, o primeiro do Brasil contra o Japão, os manifestantes erguiam seus cartazes. Um deles dizia: “Enquanto te roubam, você grita gol”.

"Turista, em MG você não está seguro"

Policiais civis usaram faixas para alertar turistas que estão na capital para assistir ao jogo entre Taiti e Nigéria, às 16h, no Mineirão, sobre a falta de segurança em Belo Horizonte. Em um dos cartazes, a categoria escreveu em inglês "Tourist, in Minas Gerais state we cannot ensure your safety! The police is scrapped!". Traduzindo quer dizer "Turista, em Minas Gerais nós não podemos garantir a sua segurança. A polícia está desmantelada".


Em outra faixa, desta vez escrita em espanhol, os manifestantes alertam o governo para a falta de segurança "real e imediata".

Veja o trajeto percorrido pelos manifestantes:



Com informações e fotos do Jornal O Tempo