O servente de pedreiro que raptou o filho de 11 anos após ser acusado de agredi-lo continua desaparecido desde a madrugada desta segunda-feira (12), em Pouso Alegre, Sul de Minas. De acordo com o Conselho Tutelar, Cláucio Santos Rodrigues, de 33 anos, também está com o filho de 9 anos. Ele foi denunciado pela ex-mulher que viu os hematomas no corpo do garoto mais velho.
Ele foi denunciado pela ex-mulher que viu marcas de violência em um dos meninos |
Fotos tiradas por uma conselheira tutelar mostram os hematomas no corpo da criança que teria sido espancada pelo pai. São marcas na testa, no ombro, na perna e principalmente nas costas. “O garoto relatou que o pai pediu para que ele fosse ao mercado, só que a fila do mercado estava muito grande e ele se atrasou um pouco. Quando ele chegou em casa, o pai veio para cima com socos e uma surra de cinta”, disse a conselheira tutelar Cássia Braz.
A madrasta do garoto, que preferiu não se identificar, chamou a polícia. “Ele veio trazer o irmão para mim, na minha casa. Aí eu cheguei a ver as marcas no corpo dele. Não tinha que fazer isso com uma criança", disse.
A conselheira tutelar fez uma notificação deixando a madrasta do menino responsável por ele. “Ele recebeu o primeiro atendimento no hospital e nós fomos saber qual era o relacionamento entre a criança e a madastra. Ela cuidou dele desde os dois anos. Ela disse que ficaria com ele, porque ele estava muito machucado”.
Horas depois o homem teria buscado o filho na casa da ex-mulher, que mais uma vez chamou a polícia. “Ele invadiu lá em casa. Invadiu e pegou o menino”.
A polícia foi à casa de Rodrigues, mas o imóvel estava fechado. “Procuramos na residência, procuramos informações com vizinhos, parentes e amigos, mas não foi localizado”, disse o tenente da Polícia Militar Régis Paulo Silva.
O outro filho que mora com ele, de 9 anos, também foi levado. O Conselho Tutelar vai pedir à Justiça que a guarda dos filhos seja retirada do pai. “Como nós temos notícia que esse pai é de uma família de Itajubá, hoje nós tentamos entrar em contato com essa família e o conselho de Itajubá para que eles possam verificar se essas crianças estão lá”, explicou a conselheira Cássia.
A madrasta do menino explicou que morou com o servente durante sete anos e que as agressões eram constantes, tanto nela quanto no filho mais velho. “Batia por qualquer besteira que o menino fazia. Qualquer bagunça, ele já estava batendo. Em mim ele chegou a bater algumas vezes. Quem não fica com medo? Denunciar uma pessoa, depois quem sabe o que ela pode fazer?”, disse.
Fonte: EPTV