Após dois meses consecutivos com leve queda, o Índice da Cesta Básica de São Lourenço (ICB – FUSAL/UNIS) apresentou alta de 7,01% em fevereiro comparado a janeiro. Esta é a maior alta já registrada por este indicador na cidade. Considerando desde o início da pesquisa em março de 2021 o índice acumula alta de 18,14%. O levantamento ocorre através da coleta dos preços de 13 produtos da cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, usando a metodologia adotada nacionalmente pelo DIEESE. Os resultados das pesquisas realizadas estão relacionados na tabela 1:



Neste mês de fevereiro ficou demonstrado que o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de São Lourenço é de R$633,50, correspondendo a 56,51% do salário mínimo líquido. Nota-se que, mesmo com o reajuste do salário mínimo válido a partir deste mês, o percentual necessário para a aquisição da cesta básica continua muito alto. O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 114 horas e 59 minutos por mês para adquirir essa cesta. 


As demais cidades já pesquisadas pelo UNIS apresentaram os seguintes valores desta mesma cesta de produtos no mês de fevereiro: Varginha (R$571,88) e Pouso Alegre (R$584,45). Os resultados de janeiro divulgados pelo DIEESE no último dia 07 de fevereiro demonstraram que a capital com o maior valor da cesta básica no Brasil é São Paulo (R$713,86) e com menor valor Aracaju (R$507,82). Belo Horizonte tem como valor médio dessa mesma cesta de produtos R$632,83 No período de janeiro a fevereiro, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em São Lourenço, 11 tiveram alta dos preços médios, são eles:  



O café em pó apresentou essa forte elevação em virtude da valorização do café no mercado futuro e da retração dos vendedores provocando impacto na oferta e nos preços dos seus derivados. Em relação à batata, as chuvas ocorridas nas principais regiões produtoras têm provocado atrasos no início da colheita da próxima safra, diminuindo a oferta e elevando os preços médios deste produto. No que se refere ao pão francês, a hipótese é de que essa variação se refere a uma recomposição dos preços do produto que permaneceu estável nos últimos 3 meses. O tomate teve essa alta em virtude da intensificação das chuvas nas principais regiões produtoras, fato que provocou queda na oferta e alta nos preços. No que tange à banana, a entressafra do produto e a escassez em algumas regiões produtoras ainda continua provocando restrição na oferta. No entanto, é previsto que no curto prazo a produção aumente com o início da próxima safra. 3 Somente dois produtos apresentaram queda nos preços:



No caso do arroz, a menor demanda interna e a diminuição das exportações elevaram a disponibilidade do produto e provocou essa queda no preço. A atual pesquisa demonstrou a maior alta do valor da cesta básica em São Lourenço desde o início da pesquisa. Questões ligadas à dinâmica da oferta como a entressafra dos hortifrutigranjeiros, a expectativa de quebra da produção do café, a menor disponibilidade interna de produtos como a carne bovina, bem como a recomposição de preços de outros produtos, foram as principais causas das elevações ocorridas. Também foi possível verificar que o impacto do valor da cesta básica continua muito alto mesmo com a correção do salário mínimo. Como salientamos em outros relatórios, é fundamental a implementação de políticas que permitam o aumento e recuperação da produção e da disponibilidade interna dos gêneros alimentícios a fim de minimizar os efeitos no orçamento das famílias assalariadas. 


São Lourenço, 08 de fevereiro de 2022. 


DEPARTAMENTO DE PESQUISA UNIS/MG. FACULDADE UNIS SÃO LOURENÇO 


Responsáveis pela pesquisa e análise: 


 Liliana Aparecida Lemos 

 Prof. Pedro dos Santos Portugal Júnior Coordenador do Núcleo de Pesquisa da Faculdade Unis São Lourenço: 

 Prof. Patrick Costa Ribeiro Silva 


Da Redação do Popular.net


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SÃO LOURENÇO: VALOR DA CESTA BÁSICA SOBE 7,01% EM FEVEREIRO SEGUNDO PESQUISA DO UNIS

 


Após dois meses consecutivos com leve queda, o Índice da Cesta Básica de São Lourenço (ICB – FUSAL/UNIS) apresentou alta de 7,01% em fevereiro comparado a janeiro. Esta é a maior alta já registrada por este indicador na cidade. Considerando desde o início da pesquisa em março de 2021 o índice acumula alta de 18,14%. O levantamento ocorre através da coleta dos preços de 13 produtos da cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, usando a metodologia adotada nacionalmente pelo DIEESE. Os resultados das pesquisas realizadas estão relacionados na tabela 1:



Neste mês de fevereiro ficou demonstrado que o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de São Lourenço é de R$633,50, correspondendo a 56,51% do salário mínimo líquido. Nota-se que, mesmo com o reajuste do salário mínimo válido a partir deste mês, o percentual necessário para a aquisição da cesta básica continua muito alto. O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 114 horas e 59 minutos por mês para adquirir essa cesta. 


As demais cidades já pesquisadas pelo UNIS apresentaram os seguintes valores desta mesma cesta de produtos no mês de fevereiro: Varginha (R$571,88) e Pouso Alegre (R$584,45). Os resultados de janeiro divulgados pelo DIEESE no último dia 07 de fevereiro demonstraram que a capital com o maior valor da cesta básica no Brasil é São Paulo (R$713,86) e com menor valor Aracaju (R$507,82). Belo Horizonte tem como valor médio dessa mesma cesta de produtos R$632,83 No período de janeiro a fevereiro, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em São Lourenço, 11 tiveram alta dos preços médios, são eles:  



O café em pó apresentou essa forte elevação em virtude da valorização do café no mercado futuro e da retração dos vendedores provocando impacto na oferta e nos preços dos seus derivados. Em relação à batata, as chuvas ocorridas nas principais regiões produtoras têm provocado atrasos no início da colheita da próxima safra, diminuindo a oferta e elevando os preços médios deste produto. No que se refere ao pão francês, a hipótese é de que essa variação se refere a uma recomposição dos preços do produto que permaneceu estável nos últimos 3 meses. O tomate teve essa alta em virtude da intensificação das chuvas nas principais regiões produtoras, fato que provocou queda na oferta e alta nos preços. No que tange à banana, a entressafra do produto e a escassez em algumas regiões produtoras ainda continua provocando restrição na oferta. No entanto, é previsto que no curto prazo a produção aumente com o início da próxima safra. 3 Somente dois produtos apresentaram queda nos preços:



No caso do arroz, a menor demanda interna e a diminuição das exportações elevaram a disponibilidade do produto e provocou essa queda no preço. A atual pesquisa demonstrou a maior alta do valor da cesta básica em São Lourenço desde o início da pesquisa. Questões ligadas à dinâmica da oferta como a entressafra dos hortifrutigranjeiros, a expectativa de quebra da produção do café, a menor disponibilidade interna de produtos como a carne bovina, bem como a recomposição de preços de outros produtos, foram as principais causas das elevações ocorridas. Também foi possível verificar que o impacto do valor da cesta básica continua muito alto mesmo com a correção do salário mínimo. Como salientamos em outros relatórios, é fundamental a implementação de políticas que permitam o aumento e recuperação da produção e da disponibilidade interna dos gêneros alimentícios a fim de minimizar os efeitos no orçamento das famílias assalariadas. 


São Lourenço, 08 de fevereiro de 2022. 


DEPARTAMENTO DE PESQUISA UNIS/MG. FACULDADE UNIS SÃO LOURENÇO 


Responsáveis pela pesquisa e análise: 


 Liliana Aparecida Lemos 

 Prof. Pedro dos Santos Portugal Júnior Coordenador do Núcleo de Pesquisa da Faculdade Unis São Lourenço: 

 Prof. Patrick Costa Ribeiro Silva 


Da Redação do Popular.net


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