O Índice da Cesta Básica de São Lourenço (ICB – FUSAL/UNIS) apresentou alta pelo terceiro mês consecutivo. Entre o mês de maio e junho a alta registrada foi de 1,43%. Desde o início da pesquisa em março deste ano a cesta básica na cidade acumula alta de 6,53%. A pesquisa ocorre por meio da coleta de preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, tendo por base a metodologia estabelecida pelo DIEESE a nível nacional.


Os resultados das pesquisas deste ano estão relacionados na tabela 1:


A atual sondagem demonstra que neste mês de junho o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de São Lourenço é de R$571,23, correspondendo a 56,14% do salário mínimo líquido. Dessa forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 114 horas e 15 minutos por mês para adquirir essa cesta. 



Na cidade de Varginha, também pesquisada pelo Departamento de Pesquisa do Grupo UNIS, o valor da mesma cesta básica neste mês de junho é de R$485,64. Entre os meses de maio e junho, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em São Lourenço, 10 apresentaram alta dos preços médios, são eles: 


1 Em relação ao mês anterior. 

2 Foi realizado um ajuste em relação ao primeiro relatório a partir de uma adaptação da metodologia do DIEESE.


Após ter sido o produto com maior queda nos preços no mês anterior, o tomate apresentou a maior alta neste mês em São Lourenço, mesmo com a intensificação da safra de inverno e a demanda ainda enfraquecida. Acredita-se que seja em função de uma recomposição dos preços por parte dos supermercados e também pela queda nas temperaturas que retardou a maturação do produto e sua entrada mais forte no mercado. 


No que se refere ao leite integral, o aumento nos preços médios pode ser explicado em função do clima mais seco neste ano que diminuiu a disponibilidade e qualidade das pastagens. Somando-se a isso os altos custos de alimentação do gado, o que provocou limitação na oferta de leite no mercado e impactando em seus outros derivados como no caso da manteiga.


Com relação ao óleo de soja, a elevação ocorreu pelo fato dos preços da soja apresentarem grandes oscilações no final de maio em razão dos baixos estoques nos Estados Unidos e da retração das vendas pelos produtores brasileiros. Três produtos tiveram queda em seus preços médios, são eles:



Dois produtos hortifrutigranjeiros apresentaram fortes quedas nos preços neste mês, contribuindo para que a elevação do ICB não fosse ainda mais alta. Após ser o produto com maior elevação nos preços médios na pesquisa anterior, a batata teve forte queda neste mês em razão da chegada da chamada “safra das secas” que aumentou a oferta do produto. No caso da banana, a antecipação da colheita do tipo prata e a continuidade da maior oferta do tipo nanica contribuíram para mais uma vez provocar a queda nos preços médios da fruta.


Esta última pesquisa permitiu verificar que a chegada da nova safra de alguns hortifrutigranjeiros como batata e banana contribuiu para que a elevação do índice da cesta básica fosse menos intensa. Porém, cabe destacar dois fatores: 


1º) essa safra de inverno dos hortifrutigranjeiros é mais restrita e volátil o que pode gerar choques nos preços destes produtos no curto prazo;


Informações do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ-USP).


2°) a continuidade do aumento nos preços de produtos como carne bovina, óleo de soja e leite integral reforçam a previsão de que a cesta básica continuará impactando fortemente o orçamento das famílias no médio prazo. Conforme estamos salientando em outros relatórios neste mês, ações e políticas governamentais precisam ser realizadas para minimizar esses impactos, como por exemplo: queda na taxa de câmbio, incentivo à produção regional e venda para o mercado interno, bem como a retomada da política de estoques reguladores de alguns produtos.


São Lourenço, 07 de junho de 2021.


DEPARTAMENTO DE PESQUISA UNIS/MG.

FACULDADE UNIS SÃO LOURENÇO

Responsáveis pela pesquisa e análise:

• Liliana Aparecida Lemos

• Prof. Frederico Imbelloni Bernardes

• Prof. Pedro dos Santos Portugal Júnior

ÍNDICE DA CESTA BÁSICA SOBE PELO TERCEIRO MÊS CONSECUTIVO EM SÃO LOURENÇO

 


O Índice da Cesta Básica de São Lourenço (ICB – FUSAL/UNIS) apresentou alta pelo terceiro mês consecutivo. Entre o mês de maio e junho a alta registrada foi de 1,43%. Desde o início da pesquisa em março deste ano a cesta básica na cidade acumula alta de 6,53%. A pesquisa ocorre por meio da coleta de preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, tendo por base a metodologia estabelecida pelo DIEESE a nível nacional.


Os resultados das pesquisas deste ano estão relacionados na tabela 1:


A atual sondagem demonstra que neste mês de junho o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de São Lourenço é de R$571,23, correspondendo a 56,14% do salário mínimo líquido. Dessa forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 114 horas e 15 minutos por mês para adquirir essa cesta. 



Na cidade de Varginha, também pesquisada pelo Departamento de Pesquisa do Grupo UNIS, o valor da mesma cesta básica neste mês de junho é de R$485,64. Entre os meses de maio e junho, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em São Lourenço, 10 apresentaram alta dos preços médios, são eles: 


1 Em relação ao mês anterior. 

2 Foi realizado um ajuste em relação ao primeiro relatório a partir de uma adaptação da metodologia do DIEESE.


Após ter sido o produto com maior queda nos preços no mês anterior, o tomate apresentou a maior alta neste mês em São Lourenço, mesmo com a intensificação da safra de inverno e a demanda ainda enfraquecida. Acredita-se que seja em função de uma recomposição dos preços por parte dos supermercados e também pela queda nas temperaturas que retardou a maturação do produto e sua entrada mais forte no mercado. 


No que se refere ao leite integral, o aumento nos preços médios pode ser explicado em função do clima mais seco neste ano que diminuiu a disponibilidade e qualidade das pastagens. Somando-se a isso os altos custos de alimentação do gado, o que provocou limitação na oferta de leite no mercado e impactando em seus outros derivados como no caso da manteiga.


Com relação ao óleo de soja, a elevação ocorreu pelo fato dos preços da soja apresentarem grandes oscilações no final de maio em razão dos baixos estoques nos Estados Unidos e da retração das vendas pelos produtores brasileiros. Três produtos tiveram queda em seus preços médios, são eles:



Dois produtos hortifrutigranjeiros apresentaram fortes quedas nos preços neste mês, contribuindo para que a elevação do ICB não fosse ainda mais alta. Após ser o produto com maior elevação nos preços médios na pesquisa anterior, a batata teve forte queda neste mês em razão da chegada da chamada “safra das secas” que aumentou a oferta do produto. No caso da banana, a antecipação da colheita do tipo prata e a continuidade da maior oferta do tipo nanica contribuíram para mais uma vez provocar a queda nos preços médios da fruta.


Esta última pesquisa permitiu verificar que a chegada da nova safra de alguns hortifrutigranjeiros como batata e banana contribuiu para que a elevação do índice da cesta básica fosse menos intensa. Porém, cabe destacar dois fatores: 


1º) essa safra de inverno dos hortifrutigranjeiros é mais restrita e volátil o que pode gerar choques nos preços destes produtos no curto prazo;


Informações do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ-USP).


2°) a continuidade do aumento nos preços de produtos como carne bovina, óleo de soja e leite integral reforçam a previsão de que a cesta básica continuará impactando fortemente o orçamento das famílias no médio prazo. Conforme estamos salientando em outros relatórios neste mês, ações e políticas governamentais precisam ser realizadas para minimizar esses impactos, como por exemplo: queda na taxa de câmbio, incentivo à produção regional e venda para o mercado interno, bem como a retomada da política de estoques reguladores de alguns produtos.


São Lourenço, 07 de junho de 2021.


DEPARTAMENTO DE PESQUISA UNIS/MG.

FACULDADE UNIS SÃO LOURENÇO

Responsáveis pela pesquisa e análise:

• Liliana Aparecida Lemos

• Prof. Frederico Imbelloni Bernardes

• Prof. Pedro dos Santos Portugal Júnior