A Prefeitura Municipal de São Lourenço-MG, divulgou no último sábado (22/08) que dados referentes ao covid-19 do setor de Vigilância Epidemiológica municipal foram "hakeados" e expostos no aplicativo de mensagens instântaneas Whatsapp, não deixando claro que tipo de dados sobre a Covid-19 foram divulgados, se foram dados sobre pacientes da doença causada pelo novo coronavírus, ou dados de contratos e gastos referentes a pandemia, o que causou dúvidas em grande parte da população.


Em busca de respostas, a reportagem do Popular.net entrou em contato com o Secetário de Saúde municipal, Everton Andrade, que esclareceu algumas questões sobre o caso. De acordo com o secretário, um arquivo inteiro referente a casos de covid-19 contabilizados na cidade de São Lourenço foi copiado pelos suspostos "Hakers" e divulgado através do whatsapp. Neste arquivo estão informações sigilosas, como identidade, endereço e dados de acompanhamento de pacientes diagnosticados com Covid-19 e absolutamente tudo sobre eles.


Ainda segundo Everton, o sigilo destes dados garante a integridade social e até mesmo física destes pacientes e de seus familiares, já que com a exposição de suas identidades, podem vir a sofrer diversos tipos de retaliações simplesmente pelo fato de terem contraído a covid-19, tais como preconceito e danos morais.


Questionado sobre a segurança dos dados e de que maneira eles foram "hakeados", o secretário disse ainda não saber como o vazamento ocorreu, se foi através de invasão do sistema, ou por um esquecimento de logout por parte dos operadores do sistema, ou se o login foi repassado a terceiros, ou se arquivos foram copiados do pendrive.


A hipotese mais realista aponta para cópia de arquivos do pendrive, o que necessáriamente não caracteriza "hakerismo". De acordo com informações apuradas pela reportagem do Popular.net, a planilha que teria sido "hakeada" estava arquivada em um pendrive com senha, guardado em um local fechado no prédio da Policlínica e apenas 4 pessoas teriam acesso a esta planilha. 


Ainda segundo apuração do Popular.net, a funcionária pública responsável pela guarda do pendrive, Sra. Ana Cristina Gonçalves, contou a Polícia que no dia do incidente não notou nada de estranho no computador utilizado para a alimentação de dados, que não compartilhou e nem teve conhecimento de nenhum compartilhamento, assim como não presenciou nenhuma pessoa diferente acessando os arquivos do pendrive, ficando os demais portadores do login a serem ouvidos na delegacia de polícia.


O que se tem certeza é de que o suposto caso colocado pela PMSL como "hakerismo" e divulgado em perfil do Instagram, está sendo investigado por uma equipe especializada em crimes virtuais da Polícia Civil em São Lourenço, onde as mensagens que expuseram as informações sigilosas das vítimas do Covid-19 atendidas pela Vigilância Epidemiológica devem ser rastreadas até a sua origem, ou seja, o número de telefone da pessoa que postou primeiro e encaminhou.


Lembrando que revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem é crime previsto pelo Art. 154 do Código Penal, tendo como Pena a detenção, de três meses a um ano, ou multa ao percursor.


Veja abaixo a nota oficial sobre o caso publicado no perfil oficial da PMSL no Instagram: 


A Prefeitura de São Lourenço, através da Secretaria de Saúde, vem a público informar que na noite deste sábado (22/08) o sistema da Vigilância Epidemiológica foi invadido e algumas informações sigilosas do setor foram divulgadas pelos WhatsApp.


Ao tomar conhecimento do assunto, a Secretaria acionou a Polícia Militar que prontamente registrou o Boletim de Ocorrência (N. 2020 - 040638794-001 às 00h53).


Desde o início da Pandemia, a mesma equipe de funcionários trabalha com o atendimento a população e com as informações do Covid19, tratando-se de uma equipe de profissionais responsáveis e de total confiança.


A Secretaria lamenta o ocorrido e repudia este tipo de atitude, ressaltando que o fato configura crime previsto no Artigo 154-A do Código Penal, e a investigação será realizada pela Polícia Civil.


Vale destacar ainda que as informações sobre o COVID19 são sempre divulgadas nos canais oficiais, e qualquer outro meio pode se tratar de notícias falsas, com intuito de confundir o internauta. Por isso, solicitamos atenção e cuidado dos usuários antes de repassar informações.


Por fim, solicitamos aos internautas que possam vir a receber qualquer uma destas informações que foram divulgadas de forma ilegal, que não compartilhem com ninguém. 


Da Redação do Popular.net

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CASO DE DADOS DA COVID-19 'HAKEADOS' EM SÃO LOURENÇO É INVESTIGADO PELA POLÍCIA CIVIL


A Prefeitura Municipal de São Lourenço-MG, divulgou no último sábado (22/08) que dados referentes ao covid-19 do setor de Vigilância Epidemiológica municipal foram "hakeados" e expostos no aplicativo de mensagens instântaneas Whatsapp, não deixando claro que tipo de dados sobre a Covid-19 foram divulgados, se foram dados sobre pacientes da doença causada pelo novo coronavírus, ou dados de contratos e gastos referentes a pandemia, o que causou dúvidas em grande parte da população.


Em busca de respostas, a reportagem do Popular.net entrou em contato com o Secetário de Saúde municipal, Everton Andrade, que esclareceu algumas questões sobre o caso. De acordo com o secretário, um arquivo inteiro referente a casos de covid-19 contabilizados na cidade de São Lourenço foi copiado pelos suspostos "Hakers" e divulgado através do whatsapp. Neste arquivo estão informações sigilosas, como identidade, endereço e dados de acompanhamento de pacientes diagnosticados com Covid-19 e absolutamente tudo sobre eles.


Ainda segundo Everton, o sigilo destes dados garante a integridade social e até mesmo física destes pacientes e de seus familiares, já que com a exposição de suas identidades, podem vir a sofrer diversos tipos de retaliações simplesmente pelo fato de terem contraído a covid-19, tais como preconceito e danos morais.


Questionado sobre a segurança dos dados e de que maneira eles foram "hakeados", o secretário disse ainda não saber como o vazamento ocorreu, se foi através de invasão do sistema, ou por um esquecimento de logout por parte dos operadores do sistema, ou se o login foi repassado a terceiros, ou se arquivos foram copiados do pendrive.


A hipotese mais realista aponta para cópia de arquivos do pendrive, o que necessáriamente não caracteriza "hakerismo". De acordo com informações apuradas pela reportagem do Popular.net, a planilha que teria sido "hakeada" estava arquivada em um pendrive com senha, guardado em um local fechado no prédio da Policlínica e apenas 4 pessoas teriam acesso a esta planilha. 


Ainda segundo apuração do Popular.net, a funcionária pública responsável pela guarda do pendrive, Sra. Ana Cristina Gonçalves, contou a Polícia que no dia do incidente não notou nada de estranho no computador utilizado para a alimentação de dados, que não compartilhou e nem teve conhecimento de nenhum compartilhamento, assim como não presenciou nenhuma pessoa diferente acessando os arquivos do pendrive, ficando os demais portadores do login a serem ouvidos na delegacia de polícia.


O que se tem certeza é de que o suposto caso colocado pela PMSL como "hakerismo" e divulgado em perfil do Instagram, está sendo investigado por uma equipe especializada em crimes virtuais da Polícia Civil em São Lourenço, onde as mensagens que expuseram as informações sigilosas das vítimas do Covid-19 atendidas pela Vigilância Epidemiológica devem ser rastreadas até a sua origem, ou seja, o número de telefone da pessoa que postou primeiro e encaminhou.


Lembrando que revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem é crime previsto pelo Art. 154 do Código Penal, tendo como Pena a detenção, de três meses a um ano, ou multa ao percursor.


Veja abaixo a nota oficial sobre o caso publicado no perfil oficial da PMSL no Instagram: 


A Prefeitura de São Lourenço, através da Secretaria de Saúde, vem a público informar que na noite deste sábado (22/08) o sistema da Vigilância Epidemiológica foi invadido e algumas informações sigilosas do setor foram divulgadas pelos WhatsApp.


Ao tomar conhecimento do assunto, a Secretaria acionou a Polícia Militar que prontamente registrou o Boletim de Ocorrência (N. 2020 - 040638794-001 às 00h53).


Desde o início da Pandemia, a mesma equipe de funcionários trabalha com o atendimento a população e com as informações do Covid19, tratando-se de uma equipe de profissionais responsáveis e de total confiança.


A Secretaria lamenta o ocorrido e repudia este tipo de atitude, ressaltando que o fato configura crime previsto no Artigo 154-A do Código Penal, e a investigação será realizada pela Polícia Civil.


Vale destacar ainda que as informações sobre o COVID19 são sempre divulgadas nos canais oficiais, e qualquer outro meio pode se tratar de notícias falsas, com intuito de confundir o internauta. Por isso, solicitamos atenção e cuidado dos usuários antes de repassar informações.


Por fim, solicitamos aos internautas que possam vir a receber qualquer uma destas informações que foram divulgadas de forma ilegal, que não compartilhem com ninguém. 


Da Redação do Popular.net

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