O Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão nesta quinta-feira (23/07) em Varginha-MG com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que praticava fraudes na execução de contratos de fornecimento de equipamentos como máscaras, luvas e testes de Covid-19 com dispensa de licitação em razão da pandemia gerada pelo novo coronavírus.
Segundo informações do MP, três empresários de Varginha foram denunciados pela prática dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e três fraudes na execução de contratos. Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão de veículos de luxo, joias e embarcações. A operação do MP, denominada "Circuit Breaker", tem apoio da Polícia Civil e da Receita Estadual.
Segundo o MP, foi pedida a prisão preventiva dos envolvidos para a garantir da ordem pública, o que foi acatado pela Justiça. Também foi pedida a apreensão e bloqueio de imóveis, dinheiro, veículos automotores, joias, jet skis, cotas de sociedades empresariais e até uma lancha para pagamento de multa criminal e dano moral coletivo no total de R$ 15,6 milhões, sendo R$ 5,2 milhões para cada denunciado.
Durante a investigação, apurou-se a prática de corrupção ativa para a obtenção de contratos, assim como o consciente fornecimento de bens em desacordo com as especificações e de baixa qualidade. Três mandados de busca e apreensão já haviam sido expedidos e cumpridos com o objetivo de angariar provas.
Segundo as investigações, as práticas criminosas já haviam gerado aos investigados lucro de R$ 300 mil. O objetivo final do grupo seria obter lucro de R$ 8 milhões.
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