Você já ouviu falar do golpe do falso mecânico? Atualmente, é fácil encontrar notícias relatando essa espécie de estelionato, especialmente envolvendo vítimas que possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre mecânica de automóveis.
Em São Lourenço, na manhã dessa segunda-feira (14/05), compareceu ao Quartel da Polícia Militar, situado na Av. Dom Pedro II, Centro, um cidadão de 39 anos, o qual registrou uma ocorrência de estelionato.
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Ele relatou que recebeu uma ligação em que a pessoa se identificou como seu primo de nome “Marquinhos”, o qual disse que estava na estrada vindo visitá-lo, porém, tinha sofrido um acidente e precisava de dinheiro para consertar seu carro.
Sem desconfiar, a vítima disse que depositou R$ 1.000,00 em uma conta na Caixa Econômica Federal e após alguns minutos ligou para parentes que tem contato com seu primo, descobrindo que ele não estava viajando e que tinha sido vítima de um golpe.
Diante do fato ele foi orientado pela PM quanto as demais medidas cabíveis.
Veja dicas de como evitar cair neste golpe
O golpe do falso parente e similar ao golpe dos falsos sequestros. Geralmente são iniciados por uma ligação telefônica. Geralmente os criminosos fazem essa ligação dentro dos presídios. As informações podem ser coletadas de diversas formas, a quanto mais informações o criminosos coletar mais credível será o falso sequestro. Esses dados podem ser coletados nas redes sociais, onde encontram-se informações como: onde você trabalha, com quem você se relaciona, quem são seus pais, irmãos, de qual cidade você é, onde você estuda e outras.
As redes sociais são espaços importantes de interação social, mas é necessário analisar até onde essas informações estão sendo expostas. O acesso público às suas informações podem ser bloqueados, o ideal é permiti-los apenas aos seus amigos.
Verificar o quão públicas são suas informações pessoais é o primeiro passo para evitar o falso sequestro. Configurar suas redes sociais para restringir acesso à informações é simples e todas as redes sociais contam com essa configuração.
Mesmo que suas informações na internet sejam limitadas, isso não impede que um criminoso ligue para seu celular ou de um parente para aplicar o golpe. Todos estamos sujeitos a esse golpe já que até números completamente aleatórios são usados.
Como identificar estar caindo em um golpe?
Valores baixos e créditos para telefone são resgates típicos dos falsos sequestros. Repare carência de informação dos golpistas. Se não informam o nome do suposto parente, as chances de se tratar de um golpe é quase 100%. Telefonemas a cobrar também são característicos de falsos parentes, uma vez que grande parte é realizado na cadeia.
Mantenha a calma
Desconfiar e questionar as informações, ter prudência e paciência é importante e fundamental. Desconfiar é um passo importante para pensar nas informações que você disponibiliza aos bandidos. Quando um criminoso liga e finge que é um parente, chorando e pedindo ajuda, a vítima pode responder com algo do tipo: “Fernanda, é você?”. Outra caso comum é quando a vítima pergunta: “Mas quem está falando” e o farsante responde: “Mãe, sou eu!”. Caso o sequestro seja verdadeiros, delongas como essas não acontecem dessa forma.
Portanto desconfie quando o sequestrador não esquiva de perguntas simples como nome da suposta vítima. É comum que os falsos parentes demandem como pagamento créditos de telefone, valores baixos (entre 1 mil a 5 mil reais) e objetos de valor. Esse é outro critério para alimentar a sua desconfiança.
O especialista em segurança pública e privada, Jorge Lordello afirma que nos casos de falso parente, falso sequestro e golpe do veículo com defeito, as ligações tendem a serem longas. Quando trata-se de um sequestro de verdade, os bandidos têm a prudência de evitar ligações longas para evitar o rastreamento policial.
Ao desligar o telefone, procure formas de identificar se o golpe é um golpe de fato. Caso não seja possível comunicar com o suposto parente, entre em contato com pessoas próximas a ele, ou pessoas que possam estar com ela. Verifique a última visualização no whatsapp por exemplo.
Por fim, comunique com a polícia, ela é treinada a lidar com situações como essas com prudência e técnica. Não exite em procurar saber antes de agir! O número é sempre 190.
Da Redação do popular.net