Os moradores da cidade de São Lourenço-MG, já acostumados a presenciar diversas manifestações na cidade, desta vez foram pegos de surpresa por algo nunca visto antes em toda sua história.

Era por volta das da 06:00hs da manhã desta terça-feira (20/03) quando cerca de 400 Mulheres, que chegaram em uma caravana formada por 8 ônibus, começaram um protesto contra a privatização das águas na fábrica da Nestlé Waters, empresa que tem a concessão para explorar os recursos hídricos do Parque das Águas, principal atrativo turístico da cidade e que dispõe de águas consideradas medicinais. Privatizado desde 1994 o Parque das Águas é um verdadeiro xodó para os sãolourencianos. 

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Segundo os organizadores, a manifestação visava chamar a atenção sobre um tema cada vez mais polêmico: a privatização dos recursos hídricos no Brasil, que estaria sendo fortemente ampliada no governo Temer. No caso de São Lourenço, o MST divulgou em seu site oficial que, As mulheres que protestaram na cidade seguem na Jornada Nacional de Lutas e denunciam a entrega das águas às corporações internacionais. Com a manifestação elas alertam para as negociatas que ocorrem neste momento no Fórum Mundial das Águas, que acontece em Brasília.

Policia fica diante de manifestantes na Benjamim Constant / Fotos: Rogério Brasil

Dividindo opiniões na cidade, principalmente nas redes sociais, o protesto foi visto como necessário por uma parcela da população que acredita haver superexploração das águas por parte da Nestlé "tem que vir gente de fora da cidade par lutar por vocês, estão acabando com o bem mais precioso da cidade e ninguém faz nada!" exclamava uma das manifestantes. Ainda nas redes sociais, postagens de apoio ao movimento pipocavam a todo momento.

Ônibus foram parados pela PM / Fotos: Rogério Brasil
Por outro lado, o fato das manifestantes picharem os muros da empresa com a já tradicional frase "Fora Temer" e homenagens a Vereadora Marielle Franco não foi bem vista pela população, principalmente por informações que circularam pela internet apontarem para o fato das manifestantes terem invadido a empresa, quebrando portas e vidros, bem como tiveram acesso a área de produção e danificaram uma maquina no valor estimado de R$580 Mil. Ainda de acordo com essas informações, os trabalhadores se encontravam na linha de produção, quando foram surpreendidos com os manifestantes.

Imagens internas mostram estrago causado durante manifestação / Fotos: Leitor Repórter

Por conta disso, muitos sãolourencianos classificaram o protesto como sendo vandalismo, inclusive a Polícia Militar, que acabou detendo os ônibus da caravana, que ficaram parados na rua Benjamim Constant, a um quarteirão da Nestlé Waters.

Muro da empresa foi pichado durante manifestação / Fotos: Rogério Brasil
À partir disso teve inicio uma grande movimentação policial no local, pois a PM queria revistar todas as manifestantes, cerca de 400 mulheres, para isso policiais femininas começaram a chegar no local. durante muito tempo a polícia afirmou que liberaria os coletivos após revista. Depois de muita negociação com a advogada Dra. Maísa e mais de duas horas de protestos e cantigas no local, os veículos foram liberados e seguiram viagem escoltados pela PM, porém a advogada teve que ficar na cidade para prestar maiores esclarecimentos sobre a manifestação a Polícia Militar. "Nossa manifestação terminou as 7:00hs, ainda estamos aqui por que a Polícia está nos reprimindo" afirmou a advogada em entrevista exclusiva a reportagem do Popular.net, toque ou clique AQUI para assistir.

Para ler mais sobre a manifestação no site oficial do MST toque ou clique AQUI.

Em Tempo, a Nestlé divulgou em nota oficial que a unidade da empresa em São Lourenço (MG) foi ocupada na manhã do dia 20/03 por manifestantes e que parte de suas instalações foi atingida durante o ato. Não houve feridos. A companhia reitera que respeita a liberdade de expressão e opinião, mas lamenta que a manifestação tenha gerado danos nas instalações, local de trabalho de mais de 80 colaboradores.

A Nestlé informa, ainda, que está totalmente comprometida com a administração sustentável dos recursos hídricos e o direito humano à água. Em todos os locais onde extrai água, realiza estudos de recursos hídricos e monitora frequentemente as retiradas para garantir que não afetem as bacias hidrográficas locais e os aquíferos.

Da Redação do Popular.net

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MULHERES DO MST INVADEM FÁBRICA DA NESTLÉ WATERS DURANTE PROTESTO EM SÃO LOURENÇO


Os moradores da cidade de São Lourenço-MG, já acostumados a presenciar diversas manifestações na cidade, desta vez foram pegos de surpresa por algo nunca visto antes em toda sua história.

Era por volta das da 06:00hs da manhã desta terça-feira (20/03) quando cerca de 400 Mulheres, que chegaram em uma caravana formada por 8 ônibus, começaram um protesto contra a privatização das águas na fábrica da Nestlé Waters, empresa que tem a concessão para explorar os recursos hídricos do Parque das Águas, principal atrativo turístico da cidade e que dispõe de águas consideradas medicinais. Privatizado desde 1994 o Parque das Águas é um verdadeiro xodó para os sãolourencianos. 

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Segundo os organizadores, a manifestação visava chamar a atenção sobre um tema cada vez mais polêmico: a privatização dos recursos hídricos no Brasil, que estaria sendo fortemente ampliada no governo Temer. No caso de São Lourenço, o MST divulgou em seu site oficial que, As mulheres que protestaram na cidade seguem na Jornada Nacional de Lutas e denunciam a entrega das águas às corporações internacionais. Com a manifestação elas alertam para as negociatas que ocorrem neste momento no Fórum Mundial das Águas, que acontece em Brasília.

Policia fica diante de manifestantes na Benjamim Constant / Fotos: Rogério Brasil

Dividindo opiniões na cidade, principalmente nas redes sociais, o protesto foi visto como necessário por uma parcela da população que acredita haver superexploração das águas por parte da Nestlé "tem que vir gente de fora da cidade par lutar por vocês, estão acabando com o bem mais precioso da cidade e ninguém faz nada!" exclamava uma das manifestantes. Ainda nas redes sociais, postagens de apoio ao movimento pipocavam a todo momento.

Ônibus foram parados pela PM / Fotos: Rogério Brasil
Por outro lado, o fato das manifestantes picharem os muros da empresa com a já tradicional frase "Fora Temer" e homenagens a Vereadora Marielle Franco não foi bem vista pela população, principalmente por informações que circularam pela internet apontarem para o fato das manifestantes terem invadido a empresa, quebrando portas e vidros, bem como tiveram acesso a área de produção e danificaram uma maquina no valor estimado de R$580 Mil. Ainda de acordo com essas informações, os trabalhadores se encontravam na linha de produção, quando foram surpreendidos com os manifestantes.

Imagens internas mostram estrago causado durante manifestação / Fotos: Leitor Repórter

Por conta disso, muitos sãolourencianos classificaram o protesto como sendo vandalismo, inclusive a Polícia Militar, que acabou detendo os ônibus da caravana, que ficaram parados na rua Benjamim Constant, a um quarteirão da Nestlé Waters.

Muro da empresa foi pichado durante manifestação / Fotos: Rogério Brasil
À partir disso teve inicio uma grande movimentação policial no local, pois a PM queria revistar todas as manifestantes, cerca de 400 mulheres, para isso policiais femininas começaram a chegar no local. durante muito tempo a polícia afirmou que liberaria os coletivos após revista. Depois de muita negociação com a advogada Dra. Maísa e mais de duas horas de protestos e cantigas no local, os veículos foram liberados e seguiram viagem escoltados pela PM, porém a advogada teve que ficar na cidade para prestar maiores esclarecimentos sobre a manifestação a Polícia Militar. "Nossa manifestação terminou as 7:00hs, ainda estamos aqui por que a Polícia está nos reprimindo" afirmou a advogada em entrevista exclusiva a reportagem do Popular.net, toque ou clique AQUI para assistir.

Para ler mais sobre a manifestação no site oficial do MST toque ou clique AQUI.

Em Tempo, a Nestlé divulgou em nota oficial que a unidade da empresa em São Lourenço (MG) foi ocupada na manhã do dia 20/03 por manifestantes e que parte de suas instalações foi atingida durante o ato. Não houve feridos. A companhia reitera que respeita a liberdade de expressão e opinião, mas lamenta que a manifestação tenha gerado danos nas instalações, local de trabalho de mais de 80 colaboradores.

A Nestlé informa, ainda, que está totalmente comprometida com a administração sustentável dos recursos hídricos e o direito humano à água. Em todos os locais onde extrai água, realiza estudos de recursos hídricos e monitora frequentemente as retiradas para garantir que não afetem as bacias hidrográficas locais e os aquíferos.

Da Redação do Popular.net

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