Pacientes que precisam marcar exames de média e alta complexidade na cidade de São Lourenço-MG estão estarrecidos com o prazo estipulado para a realização destes exames, visto que por conta de um impasse com o município as marcações estão sendo agendadas somente para o ano que vem, isto mesmo o prazo é de mais de 5 meses e isto está causando revolta a milhares de pacientes que esperam no serviço público a realização destes procedimentos, já que a esmagadora maioria não possui renda para fazer estes exames em clínicas particulares.

Exames estão sendo marcados para Janeiro de 2017 em São Lourenço / Foto: Maps

Diante de dezenas de emails e mensagens chegadas a redação do Popular.net, nossa reportagem foi até a policlínica municipal tentar marcar uma endoscopia e infelizmente confirmou a queixa dos leitores. Ao tentar marcar o exame fomos informados que o município de São Lourenço-MG não se encontra em dia com o consórcio Intermunicipal de Saúde, uma entidade particular responsável dentre outros serviços relacionados a saúde pela realização destes exames nas clínicas que trabalham em parceria com este consórcio. Ainda sobre o exame que tentamos agendar, o mesmo não foi marcado nem para o ano que vem, apenas nos foi entregue um documento que oficializa que entregamos o pedido do exame e que teríamos que aguardar uma ligação da secretaria municipal de saúde avisando sobre o agendamento do mesmo, tudo isso sem nenhum prazo estipulado.

Ao marcar exame, paciente recebe apenas um protocolo incerto / Foto: O Popular.net

Em busca de uma resposta sobre esta inadimplência e o verdadeiro caos que se encontra o setor de marcação de exames a reportagem procurou pelo gestor de saúde do município, Sr. Mauro Guimarães Junqueira o qual não se encontrava no município, mas fomos recebidos pela pessoa responsável pelo setor na sua ausência, a diretora municipal de saúde Sra. Francisca Aparecida Costa, que explicou a demora da marcação de exames e a falta de perspectivas nos prazos.

De acordo com a diretora, a Prefeitura Municipal de São Lourenço vem passando dificuldades junto ao governo estadual e federal, que simplesmente parou de repassar uma verba complementar a saúde responsável por manter serviços essenciais aos munícipes, como o Centro Viva a Vida que atende pacientes com câncer e com necessidades graves, como os dependentes da hemodialise que a cerca de 3 meses atrás quase encerrou as suas atividades por conta de problemas similares, desta vez, afirma a diretora chegou a vez dos pacientes que precisam de exames com média ou alta complexidade como no caso de ressonâncias e endoscopias, dentre outros, sofrerem com a falta do repasse e frisou"não por incompetência do município, mas pela omissão do governo estadual e federal". Questionada sobre onde estaria o gestor de saúde, a secretária nos informou que ele se encontra em Belo Horizonte, justamente na tentativa de reverter a situação, pagar o consórcio e retomar as marcações de exames, o que deve começar a se normalizar nos próximos meses. Em tempo fomos informados que o corte de repasses do governo federal para o centro Viva a Vida já chega a 8 (oito) meses.

Com recursos ou sem recursos o fato é que pacientes que necessitam destes exames, em sua maioria idosos e de baixa renda estão sendo privados deste direito garantido a eles por lei. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”. está na Constituição Federal de 1988, artigo 196. Este artigo não deve ser lido apenas como uma promessa ou uma declaração de intenções, este é um direito fundamental do cidadão que tem aplicação imediata, isto é, pode e deve ser cobrado. A saúde é um direito de todos por que sem ela não há condições de uma vida digna, e é um dever do Estado por que é financiada pelos impostos que são pagos pela população.

Porém os órgãos responsáveis por fazerem valer esta lei parecem não estarem se preocupando com isso, já que nem de longe a saúde do cidadão está sendo priorizada, na frente dela estão uma série de questões burocráticas e talvez políticas, onde a vida é somente uma mera estatística, onde um município governado pela direita tem que conviver com um estado de esquerda e é claro, no meio de tudo isso, esta o povo.

Da Redação do Popular.net

EXAMES SÃO MARCADOS PARA 2017 EM SÃO LOURENÇO


Pacientes que precisam marcar exames de média e alta complexidade na cidade de São Lourenço-MG estão estarrecidos com o prazo estipulado para a realização destes exames, visto que por conta de um impasse com o município as marcações estão sendo agendadas somente para o ano que vem, isto mesmo o prazo é de mais de 5 meses e isto está causando revolta a milhares de pacientes que esperam no serviço público a realização destes procedimentos, já que a esmagadora maioria não possui renda para fazer estes exames em clínicas particulares.

Exames estão sendo marcados para Janeiro de 2017 em São Lourenço / Foto: Maps

Diante de dezenas de emails e mensagens chegadas a redação do Popular.net, nossa reportagem foi até a policlínica municipal tentar marcar uma endoscopia e infelizmente confirmou a queixa dos leitores. Ao tentar marcar o exame fomos informados que o município de São Lourenço-MG não se encontra em dia com o consórcio Intermunicipal de Saúde, uma entidade particular responsável dentre outros serviços relacionados a saúde pela realização destes exames nas clínicas que trabalham em parceria com este consórcio. Ainda sobre o exame que tentamos agendar, o mesmo não foi marcado nem para o ano que vem, apenas nos foi entregue um documento que oficializa que entregamos o pedido do exame e que teríamos que aguardar uma ligação da secretaria municipal de saúde avisando sobre o agendamento do mesmo, tudo isso sem nenhum prazo estipulado.

Ao marcar exame, paciente recebe apenas um protocolo incerto / Foto: O Popular.net

Em busca de uma resposta sobre esta inadimplência e o verdadeiro caos que se encontra o setor de marcação de exames a reportagem procurou pelo gestor de saúde do município, Sr. Mauro Guimarães Junqueira o qual não se encontrava no município, mas fomos recebidos pela pessoa responsável pelo setor na sua ausência, a diretora municipal de saúde Sra. Francisca Aparecida Costa, que explicou a demora da marcação de exames e a falta de perspectivas nos prazos.

De acordo com a diretora, a Prefeitura Municipal de São Lourenço vem passando dificuldades junto ao governo estadual e federal, que simplesmente parou de repassar uma verba complementar a saúde responsável por manter serviços essenciais aos munícipes, como o Centro Viva a Vida que atende pacientes com câncer e com necessidades graves, como os dependentes da hemodialise que a cerca de 3 meses atrás quase encerrou as suas atividades por conta de problemas similares, desta vez, afirma a diretora chegou a vez dos pacientes que precisam de exames com média ou alta complexidade como no caso de ressonâncias e endoscopias, dentre outros, sofrerem com a falta do repasse e frisou"não por incompetência do município, mas pela omissão do governo estadual e federal". Questionada sobre onde estaria o gestor de saúde, a secretária nos informou que ele se encontra em Belo Horizonte, justamente na tentativa de reverter a situação, pagar o consórcio e retomar as marcações de exames, o que deve começar a se normalizar nos próximos meses. Em tempo fomos informados que o corte de repasses do governo federal para o centro Viva a Vida já chega a 8 (oito) meses.

Com recursos ou sem recursos o fato é que pacientes que necessitam destes exames, em sua maioria idosos e de baixa renda estão sendo privados deste direito garantido a eles por lei. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”. está na Constituição Federal de 1988, artigo 196. Este artigo não deve ser lido apenas como uma promessa ou uma declaração de intenções, este é um direito fundamental do cidadão que tem aplicação imediata, isto é, pode e deve ser cobrado. A saúde é um direito de todos por que sem ela não há condições de uma vida digna, e é um dever do Estado por que é financiada pelos impostos que são pagos pela população.

Porém os órgãos responsáveis por fazerem valer esta lei parecem não estarem se preocupando com isso, já que nem de longe a saúde do cidadão está sendo priorizada, na frente dela estão uma série de questões burocráticas e talvez políticas, onde a vida é somente uma mera estatística, onde um município governado pela direita tem que conviver com um estado de esquerda e é claro, no meio de tudo isso, esta o povo.

Da Redação do Popular.net