Mães de crianças que frequentam a Apae de São Lourenço (MG) estão com dificuldade na hora de levar os filhos para a escola. É que a empresa de transporte coletivo da cidade cancelou a gratuidade para os acompanhantes de pessoas portadoras de deficiência.
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Mães de crianças da Apae pedem gratuidade em transporte público (Foto: Reprodução EPTV) |
A dona de casa Yasmim Alves Fernandes mora em um bairro afastado da cidade e precisa pegar dois ônibus e ainda caminhar 10 minutos para levar a filha de um ano para a Apae. “Gasto em média 40 minutos e R$ 8 para levá-la todos os dias”, desabafa.
Em São Lourenço, uma lei municipal garante às pessoas com deficiência o direito de utilizar o transporte público coletivo de graça. A empresa que presta o serviço na cidade vinha permitindo a presença de acompanhantes sem que eles precisassem pagar pela passagem, mas o benefício foi cortado em dezembro do ano passado e a gratuidade foi mantida apenas para quem já tinha a carteirinha.
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A diretora da Apae de São Lourenço, Elaine Medeiros do Espírito Santo, procurou o Ministério Público, mas até o momento nenhuma medida foi tomada. Como a lei municipal não garante o transporte de acompanhantes de graça, um projeto de lei pedindo a alteração foi encaminhado para a Câmara de Vereadores.
Segundo o gerente Haroldo Medeiros, a empresa de transporte coletivo passa por problemas financeiros. Além disso, a prefeitura tem se recusado a fazer os reajustes no preço da passagem pedidos nos últimos anos. “Os transportes dos acompanhantes eram feitos por conta da empresa. Existe a possibilidade de voltar a oferecer o serviço, desde que a prefeitura ofereça uma contrapartida”, afirma.
De acordo com o presidente da Câmara de São Lourenço, Ney da Saúde, o projeto de lei que prevê a gratuidade de transporte coletivo para pessoas deficientes e acompanhantes está sendo votado na reunião do plenário na noite desta segunda-feira (10). Se aprovado, o projeto deve ser encaminhado para sanção do prefeito da cidade, José Neto.
Em relação à gratuidade aos acompanhantes de deficientes no transporte público, a assessoria da prefeitura informou que espera um parecer da empresa sobre o caso para rever os valores da passagem de ônibus.
Com informações da EPTV