Flávio, 23 anos, morreu após queda de raio.
A festa rave realizada em São Tomé das Letras (MG), onde um universitário de 23 anos morreu após ser atingido por um raio nesta sexta-feira (12), não tinha autorização do Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente (Codema) de São Tomé das Letras para ser realizada.
Além do jovem, outras quatro pessoas ficaram feridas por conta da descarga elétrica e mesmo com a falta de licença e a morte de uma pessoa, a festa ainda continuou por algumas horas. Por telefone, uma das organizadoras do evento, Maria Angélica Ribeiro, negou a continuidade da festa. Os outros dois organizadores não foram encontrados.
O encontro aconteceria de sexta-feira (12) a domingo (14) no distrito de Sobradinho, que fica há cerca de cinco quilômetros do centro de São Tomé das Letras, em uma área cercada por árvores e montanhas.

A festa




Segundo o presidente do Codema, André Barata Silva, a autorização para realizar o evento foi revogada. “A licença foi cancelada por não cumprirem os projetos apresentados e também por crime ambiental, pois muita gente estava montando barracas em áreas de preservação permanente. A organização também não atendeu exigências de saneamento, com a instalação adequada de banheiros, entre outros fatos que culminaram com o cancelamento da licença”, ressalta.
Cerca de três mil pessoas estiveram no evento durante o primeiro dia e mais de 300 barracas de camping foram montadas.
A interrupção da festa aconteceu depois da morte do estudante Flávio Muniz de Abreu. Ele veio do Rio de Janeiro (RJ) com mais de 10 amigos e foi atingido pela descarga elétrica no início da noite de sexta-feira, quando estava dentro de uma barraca.
Segundo o amigo dele, Taiguara Morais Formoso, o jovem foi socorrido na mesma hora. “Eu estava com ele na barraca, corremos para chamar socorro, demorou até a ambulância chegar aqui, mas fizeram massagem cardíaca, levaram ele para o hospital, mas infelizmente ele não resistiu. Nunca imaginamos que algo assim pudesse acontecer”, destaca.
Outros feridos
Mais quatro pessoas foram atingidas pelo raio, entre elas o assistente de engenharia Heverton Henrique Ribeiro que teve apenas ferimentos leves. Ele conta que a namorada dele teve queimaduras de primeiro grau e ficou com um lado do corpo paralisado. “A gente estava na barraca e o raio atingiu a mão dela, ela ficou bem mais machucada que eu”, comentou.
Quem estava no local quando a chuva começou, na sexta-feira, conta que foram momentos de horror. “Era muita gente correndo, desesperada, tivemos que deixar as coisas na barraca e ir para a tenda. Foram momentos difíceis”, disse a autônoma Rosane Fernandes da Silva.
Durante todo o sábado (13), a movimentação em São Tomé das Letras foi intensa, especialmente na entrada da festa, onde muitos participantes optaram por deixar o evento. É o caso do estudante Pedro Henrique Matias Santana, que veio de Belo Horizonte (MG), mas vai voltar para casa antes do previsto.
“Faltou tudo na festa né? Toda estrutura estava precária, ninguém nos deu satisfação de nada, nem do dinheiro que investimos no ingresso. Não desfrutamos da festa”, finalizou.

RAVE ONDE ESTUDANTE MORREU NÃO TINHA LICENÇA DO CODEMA


Flávio, 23 anos, morreu após queda de raio.
A festa rave realizada em São Tomé das Letras (MG), onde um universitário de 23 anos morreu após ser atingido por um raio nesta sexta-feira (12), não tinha autorização do Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente (Codema) de São Tomé das Letras para ser realizada.
Além do jovem, outras quatro pessoas ficaram feridas por conta da descarga elétrica e mesmo com a falta de licença e a morte de uma pessoa, a festa ainda continuou por algumas horas. Por telefone, uma das organizadoras do evento, Maria Angélica Ribeiro, negou a continuidade da festa. Os outros dois organizadores não foram encontrados.
O encontro aconteceria de sexta-feira (12) a domingo (14) no distrito de Sobradinho, que fica há cerca de cinco quilômetros do centro de São Tomé das Letras, em uma área cercada por árvores e montanhas.

A festa




Segundo o presidente do Codema, André Barata Silva, a autorização para realizar o evento foi revogada. “A licença foi cancelada por não cumprirem os projetos apresentados e também por crime ambiental, pois muita gente estava montando barracas em áreas de preservação permanente. A organização também não atendeu exigências de saneamento, com a instalação adequada de banheiros, entre outros fatos que culminaram com o cancelamento da licença”, ressalta.
Cerca de três mil pessoas estiveram no evento durante o primeiro dia e mais de 300 barracas de camping foram montadas.
A interrupção da festa aconteceu depois da morte do estudante Flávio Muniz de Abreu. Ele veio do Rio de Janeiro (RJ) com mais de 10 amigos e foi atingido pela descarga elétrica no início da noite de sexta-feira, quando estava dentro de uma barraca.
Segundo o amigo dele, Taiguara Morais Formoso, o jovem foi socorrido na mesma hora. “Eu estava com ele na barraca, corremos para chamar socorro, demorou até a ambulância chegar aqui, mas fizeram massagem cardíaca, levaram ele para o hospital, mas infelizmente ele não resistiu. Nunca imaginamos que algo assim pudesse acontecer”, destaca.
Outros feridos
Mais quatro pessoas foram atingidas pelo raio, entre elas o assistente de engenharia Heverton Henrique Ribeiro que teve apenas ferimentos leves. Ele conta que a namorada dele teve queimaduras de primeiro grau e ficou com um lado do corpo paralisado. “A gente estava na barraca e o raio atingiu a mão dela, ela ficou bem mais machucada que eu”, comentou.
Quem estava no local quando a chuva começou, na sexta-feira, conta que foram momentos de horror. “Era muita gente correndo, desesperada, tivemos que deixar as coisas na barraca e ir para a tenda. Foram momentos difíceis”, disse a autônoma Rosane Fernandes da Silva.
Durante todo o sábado (13), a movimentação em São Tomé das Letras foi intensa, especialmente na entrada da festa, onde muitos participantes optaram por deixar o evento. É o caso do estudante Pedro Henrique Matias Santana, que veio de Belo Horizonte (MG), mas vai voltar para casa antes do previsto.
“Faltou tudo na festa né? Toda estrutura estava precária, ninguém nos deu satisfação de nada, nem do dinheiro que investimos no ingresso. Não desfrutamos da festa”, finalizou.