Fiéis de uma paróquia que fica na divisa entre Poços de Caldas (MG) e Águas da Prata
(SP) foram surpreendidos na manhã deste domingo (22) ao verem a imagem
de Nossa Senhora das Dores com a cabeça arrancada. Há um pouco mais de
uma semana, os devotos acompanhavam a santa que supostamente chorava
lágrimas de sangue.
Cabeça da Santa, quando ainda estava no lugar. |
A invasão aconteceu durante a madrugada deste domingo. A suspeita é de
que criminosos pularam o muro e invadiram o salão de festas onde teriam
conseguido um pedaço de madeira para arrombar a porta lateral. Entre as
mais de 15 imagens guardadas dentro da igreja, apenas a de Nossa Senhora
das Dores foi encontrada quebrada. A cabeça foi levada junto com o
dinheiro de um cofre.
Imagen da Santa sem a Cabeça. |
A notícia foi dada momentos antes de uma missa que aconteceria na
igreja Nossa Senhora Aparecida e São Roque. Ao receberem a notícia,
alguns fiéis passaram mal. Uma menina precisou ser carregada.
O pároco da igreja onde a santa estava exposta, padre Celso Lucas da
Silva, disse que estava muito abalado com a destruição da imagem, mas
mesmo assim decidiu manter a missa, que foi marcada pelas lágrimas dos
devotos.
A Polícia Civil de Águas da Prata vai investigar o caso. Ainda não existem suspeitos.
Lágrimas de sangue
Há uma semana, fiéis lotam uma paróquia que fica na divisa entre Poços de Caldas
e Águas da Prata para acompanhar uma imagem de Nossa Senhora das Dores
que supostamente chorava lágrimas de sangue. A imagem foi comprada em
Aparecida (SP) e já estava na paróquia há cerca de dois anos e meio.
Segundo os devotos, as primeiras lágrimas eram transparentes, mas agora
o rosto estava manchado de vermelho com um líquido semelhante a sangue.
A imagem estava guardada em uma pequena sala onde esperava para ser
devolvida à capela de São Roque da Fartura, distrito de Águas da Prata.
Porém, devido ao fenômeno, a imagem permaneceu no altar da igreja de
Nossa Senhora Aparecida e São Roque, onde está protegida por uma redoma
de vidro.
O bispo de São João da Boa Vista
(SP), Dom Davi Dias Pimentel, foi comunicado e orientou para que a
imagem continue exposta para os fiéis. O fenômeno ainda não tinha
passado por nenhuma análise científica.
Fonte: G1/SM