O trabalho minucioso que investigadores, escrivães e delegados da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) realizam ao receber um registro de queixa de desaparecimento, é comprovado pelo número de pessoas localizadas.



De 2006 até o início deste ano, já foram esclarecidos 9.554 casos, cerca de 80% dos 12.173 notificados em todo o Estado. Só em 2011, foram registrados 2.858 desaparecimentos e o número de casos solucionados foi de 2.881.

De acordo com a delegada Cristina Coelli, chefe da Divisão, os resultados satisfatórios se devem à somatória dos esforços de todos os setores da unidade no atendimento investigativo e psicossocial, além dos convênios firmados com os meios de comunicação e outras instituições governamentais e não governamentais, que ajudam na divulgação dos casos. A sociedade também colabora com informações.

Coelli informa que são inúmeros os motivos que levam ao desaparecimento de uma pessoa. O mais comum é o conflito familiar, que pode ser por circunstância criminosa ou social. Um exemplo é a fuga de adolescentes que brigam com os pais, geralmente devido a um namoro não aceito pela família.

O número de pessoas desaparecidas com idade entre 12 e 17 anos foi maior em 2011 que em 2010, porém o número de casos solucionados foi maior de um ano para o outro. Em 2011 foram registrados 996 desaparecidos, sendo que em 2010 o total de registros chegou a 819. Em 2010 foram 689 casos solucionados e em 2011 o número subiu para 970 pessoas localizadas.

Outros motivos de desaparecimento são o envolvimento com drogas, subtração de incapaz, homicídio, ou pessoas com debilidade mental, que acabam se perdendo e não conseguem voltar para casa.

A parceria da Policia Civil com o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), durante a campanha Volta, lançada em junho de 2006, alavancou a localização de pessoas desaparecidas.

Junto com a campanha foi criado o Sistema de Comunicação e Cadastro de Pessoas Desaparecidas no Estado, que reúne nomes, fotos, dados pessoais, informações sobre os locais dos desaparecimentos e o contato de familiares.

Duas ferramentas fundamentais do sistema são a linha telefônica gratuita (0800 28 28 197) para notificação de desaparecimento e o site exclusivo para divulgação e troca de informações 

(http://www.desapercidos.mg.gov.br/), atualizado diariamente.

Registro

Para que o desaparecido possa ser localizado é necessário registrar primeiramente um boletim de ocorrência em uma unidade da Polícia Civil ou da Polícia Militar. Na capital, o registro pode ser diretamente na Divisão de Referência de Pessoa Desaparecida ou na delegacia mais próxima.

Uma vez feita à queixa, o RG do desaparecido será bloqueado nos terminais de identificação. No caso do indivíduo tirar segunda via, se envolver em acidente ou apresentar o documento à polícia, o terminal acusará que ele se encontra como desaparecido. É importante que a família leve uma foto do desaparecido para ajudar nas buscas e, caso a família aceite, é feita a divulgação dessa foto.

Quando a família chega à delegacia com a foto e as características do desaparecido, ela é ouvida pelo Núcleo de Psicologia e Serviço Social (NUPS) e pela equipe da Divisão. O Objetivo é colher informações que possam ajudar a esclarecer as causas do desaparecimento.

Também são feitas buscas no sistema da Polícia Civil, onde é possível saber se a pessoa teve passagens na polícia ou se está presa. Os registros do IML são examinados através de um sistema que possibilita a verificação de corpos que não foram identificados.

Mais de 20 anos de história

Criada há mais de 20 anos, a Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) foi uma das primeiras delegacias no país, especializada em desaparecimento de pessoas. 

Na época de sua criação, foi intitulada Delegacia-Adjunta de Capturas e de Localização de Pessoas Desaparecidas, subordinada à Delegacia Especializada de Vigilância Geral. Como o trabalho de busca às pessoas desaparecidas se desenvolveu, a Delegacia-Adjunta transformou-se em Delegacia Especializada e posteriormente em Divisão. Atualmente ela é subordinada ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de Minas Gerais (DIHPP).

A Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida fica na Avenida Antônio Carlos, 901, São Cristóvão, Belo Horizonte. O telefone é 0800-2828197 e o horário de funcionamento é das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.

Agência Minas

APROXIMADAMENTE 80% DAS PESSOAS DESAPARECIDAS EM MINAS SÃO ENCONTRADAS

O trabalho minucioso que investigadores, escrivães e delegados da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) realizam ao receber um registro de queixa de desaparecimento, é comprovado pelo número de pessoas localizadas.



De 2006 até o início deste ano, já foram esclarecidos 9.554 casos, cerca de 80% dos 12.173 notificados em todo o Estado. Só em 2011, foram registrados 2.858 desaparecimentos e o número de casos solucionados foi de 2.881.

De acordo com a delegada Cristina Coelli, chefe da Divisão, os resultados satisfatórios se devem à somatória dos esforços de todos os setores da unidade no atendimento investigativo e psicossocial, além dos convênios firmados com os meios de comunicação e outras instituições governamentais e não governamentais, que ajudam na divulgação dos casos. A sociedade também colabora com informações.

Coelli informa que são inúmeros os motivos que levam ao desaparecimento de uma pessoa. O mais comum é o conflito familiar, que pode ser por circunstância criminosa ou social. Um exemplo é a fuga de adolescentes que brigam com os pais, geralmente devido a um namoro não aceito pela família.

O número de pessoas desaparecidas com idade entre 12 e 17 anos foi maior em 2011 que em 2010, porém o número de casos solucionados foi maior de um ano para o outro. Em 2011 foram registrados 996 desaparecidos, sendo que em 2010 o total de registros chegou a 819. Em 2010 foram 689 casos solucionados e em 2011 o número subiu para 970 pessoas localizadas.

Outros motivos de desaparecimento são o envolvimento com drogas, subtração de incapaz, homicídio, ou pessoas com debilidade mental, que acabam se perdendo e não conseguem voltar para casa.

A parceria da Policia Civil com o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), durante a campanha Volta, lançada em junho de 2006, alavancou a localização de pessoas desaparecidas.

Junto com a campanha foi criado o Sistema de Comunicação e Cadastro de Pessoas Desaparecidas no Estado, que reúne nomes, fotos, dados pessoais, informações sobre os locais dos desaparecimentos e o contato de familiares.

Duas ferramentas fundamentais do sistema são a linha telefônica gratuita (0800 28 28 197) para notificação de desaparecimento e o site exclusivo para divulgação e troca de informações 

(http://www.desapercidos.mg.gov.br/), atualizado diariamente.

Registro

Para que o desaparecido possa ser localizado é necessário registrar primeiramente um boletim de ocorrência em uma unidade da Polícia Civil ou da Polícia Militar. Na capital, o registro pode ser diretamente na Divisão de Referência de Pessoa Desaparecida ou na delegacia mais próxima.

Uma vez feita à queixa, o RG do desaparecido será bloqueado nos terminais de identificação. No caso do indivíduo tirar segunda via, se envolver em acidente ou apresentar o documento à polícia, o terminal acusará que ele se encontra como desaparecido. É importante que a família leve uma foto do desaparecido para ajudar nas buscas e, caso a família aceite, é feita a divulgação dessa foto.

Quando a família chega à delegacia com a foto e as características do desaparecido, ela é ouvida pelo Núcleo de Psicologia e Serviço Social (NUPS) e pela equipe da Divisão. O Objetivo é colher informações que possam ajudar a esclarecer as causas do desaparecimento.

Também são feitas buscas no sistema da Polícia Civil, onde é possível saber se a pessoa teve passagens na polícia ou se está presa. Os registros do IML são examinados através de um sistema que possibilita a verificação de corpos que não foram identificados.

Mais de 20 anos de história

Criada há mais de 20 anos, a Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD) foi uma das primeiras delegacias no país, especializada em desaparecimento de pessoas. 

Na época de sua criação, foi intitulada Delegacia-Adjunta de Capturas e de Localização de Pessoas Desaparecidas, subordinada à Delegacia Especializada de Vigilância Geral. Como o trabalho de busca às pessoas desaparecidas se desenvolveu, a Delegacia-Adjunta transformou-se em Delegacia Especializada e posteriormente em Divisão. Atualmente ela é subordinada ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de Minas Gerais (DIHPP).

A Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida fica na Avenida Antônio Carlos, 901, São Cristóvão, Belo Horizonte. O telefone é 0800-2828197 e o horário de funcionamento é das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.

Agência Minas