O fim do ano se aproxima e com ele vem o início do período de chuvas, que traz as incômodas enchentes para muitas cidades do Sul de Minas. Duas delas, Pouso Alegre e Alagoa, bastante prejudicadas no início de 2011, se preparam para a nova temporada de cheia. A boa notícia é que os municípios estão mais preparados e já não devem sofrer tanto com as enchentes.

Em Pouso Alegre, as obras do Dique 2, barragem que vai proteger alguns bairros do aumento das águas do Rio Mandu, devem ser concluídas em dois meses. Segundo a Assessoria de Comunicação da prefeitura, a estrutura do novo dique já tem altura suficiente para proteger a "zona sul" da cidade de um eventual transbordamento do rio. A nova obra, orçada em R$ 10 milhões, com recursos do PAC 2, deve evitar que uma das regiões mais carentes da cidade, o bairro São Geraldo, sofra com a enchente.

Segundo a prefeitura, a nova obra não vai resolver, mas vai minimizar o problema em pelo menos 90%. Para que Pouso Alegre ficasse livre das enchentes, seria necessária a conclusão de um complexo que prevê a construção de sete diques em torno da cidade. Hoje, além do Dique 2 que está sendo finalizado, existe o Dique 1, que vem sendo construído há uma década, mas ainda não foi terminado. Em parceria com a Universidade Federal de Itajubá, foi feito um estudo para unificar todos os projetos de construção das barragens necessárias. A expectativa é de que, até 2014, o Dique 3, próximo à Avenida Perimetral, também esteja concluído.

As enchentes de 2011 mataram 17 pessoas em Minas Gerais, sendo uma em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. A Defesa Civil Estadual contabilizou neste ano 30.462 desalojados e 3.611 desabrigados. Ao todo, 1,3 milhão de pessoas foram atingidas pelas chuvas. Pelo menos 32 cidades do Sul de Minas foram afetadas.

Alagoa

Alagoa, um dos menores municípios da região com 2.709 habitantes, foi de longe a cidade mais atingida pelas enchentes em 2011 no Sul de Minas. Os prejuízos e danos chegaram a R$ 51,8 milhões na cidade, conforme levantamento da Defesa Civil. Por causa da enchente, a cidade ficou isolada por cinco dias. A ajuda humanitária teve que chegar no município por helicóptero e foi preciso que o Exército ajudasse na reconstrução da principal ligação por terra com a cidade de Aiuruoca. O município decretou situação de emergência no dia 14 de janeiro.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, as chuvas deixaram 171 pessoas desalojadas e outras duas desabrigadas no município. Pelo menos 2.709 moradores foram afetados de alguma forma. O maior prejuízo ficou na parte de infraestrutura da cidade. Os estragos causados em pontes, estradas, ruas, retiros, paióis e até no Estádio Municipal, que virou um campo de areia, girou em torno de R$ 43 milhões. Os cerca de 200 deslizamentos de terra que aconteceram no município deixaram os leitos dos rios Aiuruoca, Vermelho, Bahia, Itaoca e Corguinho assoreados. O prejuízo nesses locais chegaram a R$ 6,2 milhões.

Ainda conforme o levantamento, a agropecuária teve perdas avaliadas em R$ 788 mil. Plantações inteiras de milho e feijão foram perdidas. Animais como cavalos, vacas, bois e bezerros foram mortos. A produção leiteira ficou paralisada. Bairros rurais como Serra dos Borges, Pedreira e Itaoca chegaram a ficar nove dias sem energia elétrica. A cidade ficou sem os serviços de telefonia móvel e fixa por quatro dias, mesmo tempo também sem a coleta de lixo.

Recuperação parcial

Apesar do prejuízo milionário, Alagoa recebeu apenas cerca de R$ 2 milhões de ajuda dos governos estadual e federal. Segundo a Defesa Civil, cerca de 80% do município foi reconstruído. Das mais de 100 pontes ou passagens que foram destruídas, restaram nove, que ainda não foram consertadas. Elas serão substituídas por estruturas com bueiros ármicos, que possuem maior capacidade de escoar a água da chuva. Uma empresa contratada pelo governo do estado fez o desassoreamento de rios da cidade, o que deve ajudar a minimizar o problema.

De qualquer forma, o fantasma da cheia ainda assusta. Na última quinta-feira (13), o rio Ribeirão Vermelho transbordou e alagou algumas casas que ficam na parte mais baixa da cidade. Apesar disso, o prefeito Sebastião Mendes Pinto Neto se diz otimista sobre a nova temporada de chuvas. "Pelo menos estamos mais preparados do que antes", afirma.

Fonte: EPTV

NOVA TEMPORADA DE CHUVAS LIGA O "ALERTA" NAS CIDADES DA REGIÃO

O fim do ano se aproxima e com ele vem o início do período de chuvas, que traz as incômodas enchentes para muitas cidades do Sul de Minas. Duas delas, Pouso Alegre e Alagoa, bastante prejudicadas no início de 2011, se preparam para a nova temporada de cheia. A boa notícia é que os municípios estão mais preparados e já não devem sofrer tanto com as enchentes.

Em Pouso Alegre, as obras do Dique 2, barragem que vai proteger alguns bairros do aumento das águas do Rio Mandu, devem ser concluídas em dois meses. Segundo a Assessoria de Comunicação da prefeitura, a estrutura do novo dique já tem altura suficiente para proteger a "zona sul" da cidade de um eventual transbordamento do rio. A nova obra, orçada em R$ 10 milhões, com recursos do PAC 2, deve evitar que uma das regiões mais carentes da cidade, o bairro São Geraldo, sofra com a enchente.

Segundo a prefeitura, a nova obra não vai resolver, mas vai minimizar o problema em pelo menos 90%. Para que Pouso Alegre ficasse livre das enchentes, seria necessária a conclusão de um complexo que prevê a construção de sete diques em torno da cidade. Hoje, além do Dique 2 que está sendo finalizado, existe o Dique 1, que vem sendo construído há uma década, mas ainda não foi terminado. Em parceria com a Universidade Federal de Itajubá, foi feito um estudo para unificar todos os projetos de construção das barragens necessárias. A expectativa é de que, até 2014, o Dique 3, próximo à Avenida Perimetral, também esteja concluído.

As enchentes de 2011 mataram 17 pessoas em Minas Gerais, sendo uma em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. A Defesa Civil Estadual contabilizou neste ano 30.462 desalojados e 3.611 desabrigados. Ao todo, 1,3 milhão de pessoas foram atingidas pelas chuvas. Pelo menos 32 cidades do Sul de Minas foram afetadas.

Alagoa

Alagoa, um dos menores municípios da região com 2.709 habitantes, foi de longe a cidade mais atingida pelas enchentes em 2011 no Sul de Minas. Os prejuízos e danos chegaram a R$ 51,8 milhões na cidade, conforme levantamento da Defesa Civil. Por causa da enchente, a cidade ficou isolada por cinco dias. A ajuda humanitária teve que chegar no município por helicóptero e foi preciso que o Exército ajudasse na reconstrução da principal ligação por terra com a cidade de Aiuruoca. O município decretou situação de emergência no dia 14 de janeiro.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, as chuvas deixaram 171 pessoas desalojadas e outras duas desabrigadas no município. Pelo menos 2.709 moradores foram afetados de alguma forma. O maior prejuízo ficou na parte de infraestrutura da cidade. Os estragos causados em pontes, estradas, ruas, retiros, paióis e até no Estádio Municipal, que virou um campo de areia, girou em torno de R$ 43 milhões. Os cerca de 200 deslizamentos de terra que aconteceram no município deixaram os leitos dos rios Aiuruoca, Vermelho, Bahia, Itaoca e Corguinho assoreados. O prejuízo nesses locais chegaram a R$ 6,2 milhões.

Ainda conforme o levantamento, a agropecuária teve perdas avaliadas em R$ 788 mil. Plantações inteiras de milho e feijão foram perdidas. Animais como cavalos, vacas, bois e bezerros foram mortos. A produção leiteira ficou paralisada. Bairros rurais como Serra dos Borges, Pedreira e Itaoca chegaram a ficar nove dias sem energia elétrica. A cidade ficou sem os serviços de telefonia móvel e fixa por quatro dias, mesmo tempo também sem a coleta de lixo.

Recuperação parcial

Apesar do prejuízo milionário, Alagoa recebeu apenas cerca de R$ 2 milhões de ajuda dos governos estadual e federal. Segundo a Defesa Civil, cerca de 80% do município foi reconstruído. Das mais de 100 pontes ou passagens que foram destruídas, restaram nove, que ainda não foram consertadas. Elas serão substituídas por estruturas com bueiros ármicos, que possuem maior capacidade de escoar a água da chuva. Uma empresa contratada pelo governo do estado fez o desassoreamento de rios da cidade, o que deve ajudar a minimizar o problema.

De qualquer forma, o fantasma da cheia ainda assusta. Na última quinta-feira (13), o rio Ribeirão Vermelho transbordou e alagou algumas casas que ficam na parte mais baixa da cidade. Apesar disso, o prefeito Sebastião Mendes Pinto Neto se diz otimista sobre a nova temporada de chuvas. "Pelo menos estamos mais preparados do que antes", afirma.

Fonte: EPTV