Na mesma estratégia usada pelo Planalto para assegurar tranquilidade na votação da presidência da Câmara, o adiamento das nomeações do segundo escalão federal será usada para permitir que o Congresso aprove um valor do salário mínimo compatível com a meta do governo. 

A definição do valor é o principal teste da fidelidade da base aliada que a presidente Dilma enfrentará neste início de governo. 

 
Enquanto as centrais sindicais exigem R$ 580, Dilma insiste no valor de R$ 545. O governo, entretanto, conhece a tradição dos parlamentares de sempre adicionarem um percentual ao valor sugerido pelo Executivo. 

O governo aceita discutir com o Congresso um reajuste para R$ 550. Anteontem, reunião do governo com as centrais não resultou em acordo. 

Sindicalistas ameaçaram radicalizar a negociação e, com isso, o problema deve se transferir para o Congresso. 

Além do empenho dos ministros da articulação política, Dilma tem alertado aliados sobre a responsabilidade de conter um valor que desequilibre as contas públicas. Ela avisou que o governo tem pressa no envio e na aprovação do reajuste. 

A medida também evita que o desgaste das negociações se prolongue. O plano é enviar ainda nesta semana a proposta ao Congresso. 

DISPUTA
 
Nos últimos dias, a presidente se reuniu com líderes do PMDB para discutir as nomeações para o setor elétrico, área pela qual tem uma atenção especial. 

Dilma escolheu para presidir a Eletrobras o ex-dirigente da Cemig José da Costa Carvalho Neto.Na Eletronorte, apesar de o PT tentar emplacar o irmão do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), Adhemar Palocci --que é diretor da estatal--, o nome mais provável é o de José Antônio Muniz, que deixaria o comando da Eletrobras. Ele é ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Os problemas com o PMDB se agravaram nas últimas semanas com denúncias contra a gestão de Furnas, dirigida por nomes ligados ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dilma escolheu o novo presidente da estatal. 

Há outros partidos que esperam ser atendidos com as nomeações do segundo escalão, entre eles, o PT. 

A Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco) é disputada pelo PSB e pelo PT. O PC do B também está descontente com a iminente escolha do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para chefiar a Autoridade Pública Olímpica. 

Amanhã e terça-feira, em reunião das bancadas do PT no Congresso, deputados e senadores serão avisados de que precisam defender a proposta do Planalto. 

Fonte: Folha on Line

DILMA "FREIA" NOMEAÇÕES ATÉ CONGRESSO VOTAR NOVO MÍNIMO

Na mesma estratégia usada pelo Planalto para assegurar tranquilidade na votação da presidência da Câmara, o adiamento das nomeações do segundo escalão federal será usada para permitir que o Congresso aprove um valor do salário mínimo compatível com a meta do governo. 

A definição do valor é o principal teste da fidelidade da base aliada que a presidente Dilma enfrentará neste início de governo. 

 
Enquanto as centrais sindicais exigem R$ 580, Dilma insiste no valor de R$ 545. O governo, entretanto, conhece a tradição dos parlamentares de sempre adicionarem um percentual ao valor sugerido pelo Executivo. 

O governo aceita discutir com o Congresso um reajuste para R$ 550. Anteontem, reunião do governo com as centrais não resultou em acordo. 

Sindicalistas ameaçaram radicalizar a negociação e, com isso, o problema deve se transferir para o Congresso. 

Além do empenho dos ministros da articulação política, Dilma tem alertado aliados sobre a responsabilidade de conter um valor que desequilibre as contas públicas. Ela avisou que o governo tem pressa no envio e na aprovação do reajuste. 

A medida também evita que o desgaste das negociações se prolongue. O plano é enviar ainda nesta semana a proposta ao Congresso. 

DISPUTA
 
Nos últimos dias, a presidente se reuniu com líderes do PMDB para discutir as nomeações para o setor elétrico, área pela qual tem uma atenção especial. 

Dilma escolheu para presidir a Eletrobras o ex-dirigente da Cemig José da Costa Carvalho Neto.Na Eletronorte, apesar de o PT tentar emplacar o irmão do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), Adhemar Palocci --que é diretor da estatal--, o nome mais provável é o de José Antônio Muniz, que deixaria o comando da Eletrobras. Ele é ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Os problemas com o PMDB se agravaram nas últimas semanas com denúncias contra a gestão de Furnas, dirigida por nomes ligados ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dilma escolheu o novo presidente da estatal. 

Há outros partidos que esperam ser atendidos com as nomeações do segundo escalão, entre eles, o PT. 

A Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco) é disputada pelo PSB e pelo PT. O PC do B também está descontente com a iminente escolha do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para chefiar a Autoridade Pública Olímpica. 

Amanhã e terça-feira, em reunião das bancadas do PT no Congresso, deputados e senadores serão avisados de que precisam defender a proposta do Planalto. 

Fonte: Folha on Line