A eleição para a escolha do novo presidente da Câmara de Cambuquira, no Sul de Minas, foi parar na Justiça. Duas chapas se inscreveram para disputar a presidência, mas uma delas foi impedida de participar pelo atual presidente da casa, Paulo César da Costa. Na hora da votação, ele entendeu que a chapa 1, encabeçada pelo vereador Renato Coelho Júnior, do PSDB, não poderia concorrer. A justificativa foi um parágrafo do regimento interno da Câmara que explica que quando possível a chapa deve ser composta por vereadores de partidos diferentes, para respeitar o princípio da proporcionalidade.
Durante a votação, a chapa impedida de disputar a eleição recebeu cinco votos que foram considerados nulos pelo presidente da Câmara. Ele declarou vencedora a chapa 2, liderada pelo vereador Diogo Mendes de Castilho, do PDT e que tem como vice-presidente o atual presidente. Os vereadores que votaram a favor da chapa impedida entraram na Justiça com um mandado de segurança.
O Juiz de plantão Américo Freitas de Jesus, da Comarca de Paraguaçu, aceitou o pedido. Para ele não existe fudamento na decisão do presidente da Câmara. O Juiz ainda determinou que o vereador Renato Coelho Júnior assuma a presidência da casa.
Ata
A polêmica na Câmara de Cambuquira envolve ainda uma outra polêmica. A atual mesa diretora quer saber como os vereadores que entraram na Justiça tiveram acesso à ata da reunião do dia da votação. Paulo César da Costa disse que não autorizou a cópia do documento. Um pedido feito pelo vereador Fabrício dos Santos Simoni da chapa 1 no dia seguinte à reunião foi negado pelo presidente da Câmara. No entanto a ata foi anexada ao processo e segundo o presidente, com alterações.
Paulo César da Costa informou que vai recorrer ao Tribunal de Justiça em Belo Horizonte.