Atenção Mulheres! Se vocês sofrem deste mal, prestem atenção nesta matéria. Certamente 5 a cada 10 de nós, se enquadra perfeitamente.








O relógio marca 7h e Renata Gonçalves, 29 anos, já está de pé. Moradora do Bairro Havaí, Região Oeste de Belo Horizonte (Minas Gerais), ela não demora muito para se produzir, pois às 8h em ponto, com ou sem trânsito complicado, o trabalho a espera em uma concessionária de máquinas, localizada no Bairro Califórnia, Região Noroeste da capital. E assim que a jornada de negócios termina, às 17h30, Renata retorna apressada à sua residência. O tempo é calculado. Minutos depois, o destino será o curso universitário de Gestão Comercial.

- Vou deitar quase meia-noite, exausta. É tanta pressão que o estresse me parece inevitável.


Renata é apenas mais uma das brasileiras que se revelam cada vez mais estressadas, segundo pesquisa da seguradora SulAmérica Saúde. O último levantamento mostra que o número de mulheres que sofrem com o estresse passou de 50,6%, em 2008, para 52,8% no ano seguinte. Isso significa que mais de 13 mil das 24.708 entrevistadas em 12 estados do Brasil, incluindo Minas, afirmaram viver uma rotina “apertada”, que acabou interferindo na saúde mental e física.


O acúmulo de funções, as cobranças e os desafios vividos pelas mulheres são apontados pelo professor de Psiquiatria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Maurício Viotti, como as principais causas dessa percentagem significativa. Viotti acrescenta que a mulher, além de lidar com as obrigações inerentes ao trabalho, muitas vezes ficam presas às responsabilidades do ambiente familiar.


- Elas têm que cuidar da casa, dos filhos e dos maridos. Sem falar na disputa profissional e cotidiana, que envolve o trânsito, as contas e frustrações. Isso ocasiona uma sobrecarga, e a maioria não consegue suportar o excesso de informações e tarefas.


É preciso encontrar atividades que aliviam o estresse


Regina Borges, 60 anos, lamenta ter se conscientizado tarde, após testar todos os seus limites. Por mais de 25 anos acumulando o papel de mãe de três filhos e o desgaste do emprego em uma empresa mineradora, a aposentada lembra que nem ligava para a sua qualidade da vida.


- Hoje, faço sessões de reiki e yoga. Consigo relaxar e aliviar a minha mente, o que vem me ajudando muito. Mas, nas últimas décadas, prejudiquei o meu lado social. Vivia estressada, irritada e de mau humor. Sentia também enxaquecas e um vazio constante dentro de mim, já que dormia pouco, era ansiosa e não tinha vontade de fazer nada.


E é para esses sintomas que o professor Maurício Viotti insiste em chamar a atenção. Segundo ele, tanto as mulheres quanto os homens altamente estressados correm o risco de desenvolver outros tipos de doença.


- O estresse afeta as glândulas (produção de hormônios), desestabilizando o organismo e órgãos vitais. Portanto, a sensação de ‘esgotamento’ e nervosismo pode levar à falta de imunidade, úlceras, problemas cardíacos e de pressão arterial, entre outras enfermidades”, detalha Viotti.


Um estudo da bióloga Ana Cristina Magalhães, ex-doutoranda da UFMG, divulgado neste semestre pela Universidade de Ontário, no Canadá, reforça ainda que os comportamentos do estresse e de disfunções psíquicas – depressão e a ansiedade, por exemplo – possuem relação direta entre si.


Mas, então, diante das dificuldades do dia a dia, é possível prevenir e combater o estresse? Maria José Marinho traz a resposta na ponta da língua: “sim”. Professora de yoga e reiki, ela fala com a propriedade de quem recebe em sua clínica muitos adultos, jovens, crianças e idosos, de ambos os sexos, que buscam relaxamento e “um pouco de paz”.


- A primeira coisa é saber dosar e absorver os obstáculos rotineiros, valorizando o convívio com os amigos, a família, ou seja, os momentos de lazer. Dormir bem, se exercitar, alimentar de forma saudável, evitar o fumo e bebidas alcoólicas também são lições fundamentais.


O professor de Psiquiatria Maurício Viotti avaliza as palavras de Maria José e aconselha, como complemento ao tratamento médico, as práticas terapêuticas alternativas. Massagens, energização, yoga e esportes, segundo ele, “revigoram as pessoas e as estimulam a enfrentar as exigências cotidianas”.


O número de estressados também cresceu 5,6% em 2009 no universo masculino. Mais de 30% dos 41.500 entrevistados pela pesquisa (em 2008 foram 26.011) disseram sentir estresse. Segundo, isso causa nos homens, em geral, sintomas como cansaço, irritação, baixo apetite sexual, falta de concentração e resfriados consecutivos.


- A diferença em relação às mulheres é que os homens não absorvem as requisições do lar.


COLUNA DA JÔ: Acúmulo de funções aumenta o estresse entre as mulheres



Atenção Mulheres! Se vocês sofrem deste mal, prestem atenção nesta matéria. Certamente 5 a cada 10 de nós, se enquadra perfeitamente.








O relógio marca 7h e Renata Gonçalves, 29 anos, já está de pé. Moradora do Bairro Havaí, Região Oeste de Belo Horizonte (Minas Gerais), ela não demora muito para se produzir, pois às 8h em ponto, com ou sem trânsito complicado, o trabalho a espera em uma concessionária de máquinas, localizada no Bairro Califórnia, Região Noroeste da capital. E assim que a jornada de negócios termina, às 17h30, Renata retorna apressada à sua residência. O tempo é calculado. Minutos depois, o destino será o curso universitário de Gestão Comercial.

- Vou deitar quase meia-noite, exausta. É tanta pressão que o estresse me parece inevitável.


Renata é apenas mais uma das brasileiras que se revelam cada vez mais estressadas, segundo pesquisa da seguradora SulAmérica Saúde. O último levantamento mostra que o número de mulheres que sofrem com o estresse passou de 50,6%, em 2008, para 52,8% no ano seguinte. Isso significa que mais de 13 mil das 24.708 entrevistadas em 12 estados do Brasil, incluindo Minas, afirmaram viver uma rotina “apertada”, que acabou interferindo na saúde mental e física.


O acúmulo de funções, as cobranças e os desafios vividos pelas mulheres são apontados pelo professor de Psiquiatria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Maurício Viotti, como as principais causas dessa percentagem significativa. Viotti acrescenta que a mulher, além de lidar com as obrigações inerentes ao trabalho, muitas vezes ficam presas às responsabilidades do ambiente familiar.


- Elas têm que cuidar da casa, dos filhos e dos maridos. Sem falar na disputa profissional e cotidiana, que envolve o trânsito, as contas e frustrações. Isso ocasiona uma sobrecarga, e a maioria não consegue suportar o excesso de informações e tarefas.


É preciso encontrar atividades que aliviam o estresse


Regina Borges, 60 anos, lamenta ter se conscientizado tarde, após testar todos os seus limites. Por mais de 25 anos acumulando o papel de mãe de três filhos e o desgaste do emprego em uma empresa mineradora, a aposentada lembra que nem ligava para a sua qualidade da vida.


- Hoje, faço sessões de reiki e yoga. Consigo relaxar e aliviar a minha mente, o que vem me ajudando muito. Mas, nas últimas décadas, prejudiquei o meu lado social. Vivia estressada, irritada e de mau humor. Sentia também enxaquecas e um vazio constante dentro de mim, já que dormia pouco, era ansiosa e não tinha vontade de fazer nada.


E é para esses sintomas que o professor Maurício Viotti insiste em chamar a atenção. Segundo ele, tanto as mulheres quanto os homens altamente estressados correm o risco de desenvolver outros tipos de doença.


- O estresse afeta as glândulas (produção de hormônios), desestabilizando o organismo e órgãos vitais. Portanto, a sensação de ‘esgotamento’ e nervosismo pode levar à falta de imunidade, úlceras, problemas cardíacos e de pressão arterial, entre outras enfermidades”, detalha Viotti.


Um estudo da bióloga Ana Cristina Magalhães, ex-doutoranda da UFMG, divulgado neste semestre pela Universidade de Ontário, no Canadá, reforça ainda que os comportamentos do estresse e de disfunções psíquicas – depressão e a ansiedade, por exemplo – possuem relação direta entre si.


Mas, então, diante das dificuldades do dia a dia, é possível prevenir e combater o estresse? Maria José Marinho traz a resposta na ponta da língua: “sim”. Professora de yoga e reiki, ela fala com a propriedade de quem recebe em sua clínica muitos adultos, jovens, crianças e idosos, de ambos os sexos, que buscam relaxamento e “um pouco de paz”.


- A primeira coisa é saber dosar e absorver os obstáculos rotineiros, valorizando o convívio com os amigos, a família, ou seja, os momentos de lazer. Dormir bem, se exercitar, alimentar de forma saudável, evitar o fumo e bebidas alcoólicas também são lições fundamentais.


O professor de Psiquiatria Maurício Viotti avaliza as palavras de Maria José e aconselha, como complemento ao tratamento médico, as práticas terapêuticas alternativas. Massagens, energização, yoga e esportes, segundo ele, “revigoram as pessoas e as estimulam a enfrentar as exigências cotidianas”.


O número de estressados também cresceu 5,6% em 2009 no universo masculino. Mais de 30% dos 41.500 entrevistados pela pesquisa (em 2008 foram 26.011) disseram sentir estresse. Segundo, isso causa nos homens, em geral, sintomas como cansaço, irritação, baixo apetite sexual, falta de concentração e resfriados consecutivos.


- A diferença em relação às mulheres é que os homens não absorvem as requisições do lar.