Uma nova etapa para o Parque das Águas de Caxambu pode estar se iniciando. Um modelo de gestão alternativo, tendo como parceiros a iniciativa privada, administrando somente setores pontuais do Parque, como restaurantes, pedalinho, piscina, balneário, quadra de tênis, quadriciclo, e outras atividades, pode estar surgindo.

E, até mesmo parcerias com as Universidades – públicas ou não -, para uma retomada dos estudos da crenoterapia (utilização medicinal de águas minerais como terapia), belas artes (como estudos de Arquitetura e Urbanismo) podem ser feitos. “Este parque é uma referência. Representa uma era”, anunciou o prefeito da cidade, Diogo Curi Hauegen, às vésperas de duas audiências públicas, onde serão discutidos os destinos do Parque.

Parque das Águas de Caxambu tem valor histórico inestimável / Fotos: Divulgação

O contrato de gestão deste local, referência para todo sul de Minas, entre a Prefeitura da Cidade e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), se extinguirá no último dia de junho próximo. O Parque de Águas minerais terapêuticas de Caxambu tem uma área de quase 200 mil metros quadrados, pertencentes à Codemig, e está sob gestão da Prefeitura de Caxambu há 30 anos. E, agora, a empresa pública estadual decidiu não mais renovar o contrato de cessão gratuito à gestão municipal.

Duas audiências públicas foram convocadas para o debate sobre o futuro do Parque. Uma delas aconteceu nesta quinta feira, (08/06), na Câmara dos Vereadores, em Caxambu e a outra na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte. Para os dois encontros, o prefeito levará esta solução de administração conjunta com a Codemig, com a possibilidade de uma futura Parceria Público Privada (PPP) na gerência de atividades extra-Parque.

A Codemig esclarece, em seu site, que não há qualquer intenção de fechamento do Parque das Águas. “Pelo contrário, a empresa reconhece sua relevância para além das esferas local e regional, tratando-o como rico e diversificado patrimônio, ao qual dedica especial atenção. Nessa perspectiva, a Codemig atua de modo a sempre valorizar e cuidar da preservação desse e de outros importantes acervos turísticos e históricos de Minas Gerais”, afirma. Contudo, o motivo para a não renovação do acordo são os resultados financeiros que o Parque das Águas apresenta. Segundo dados apresentados pela própria Prefeitura Municipal de Caxambu, o Parque é, historicamente, deficitário: o resultado de 2013 a 2016 aponta prejuízo acumulado de R$ 1.089.695,64.

O prefeito havia proposto um modelo de gestão conjunta do Parque. “Propusemos um modelo em que juntaríamos o Centro de Convenções – ativo do Município de Caxambu - com o Parque das Águas – que é ativo da Codemig - e formaria assim um empresa pública de desenvolvimento regional, servindo também para abrigar e consorcia-se com equipamentos que a Codemig tem nas cidades vizinhas, de Lambari e Cambuquira. O objetivo é criar uma empresa que tivesse como objetivo o desenvolvimento do Circuito das Águas, com sede em Caxambu”, anunciou Diogo Curi. Entretanto, a Codemig não vê futuro nesta proposta.

Para o presidente da empresa, Marco Antonio Soares da Cunha Castello Branco, a criação de uma empresa pública para exploração dos ativos da Prefeitura e da Codemig estaria submetido às restrições afetas à legilação que rege os entes estatais. “E, portanto, de difícil viabilidade econômica em um mercado cada vez mais competitivo”, afirmou em documento endereçado ao prefeito, em abril passado. “O caminho perseguido pela Codemig é o de estabelecer uma parceria com empresa privada para assegurar condições de comercialização competitiva para suas águas minerais e de seus parques termais”, finalizou.

Mas, Diogo Curi não se dá por vencido e diz que ainda há espaço para negociação. “Não tem nada fechado ainda. A Codemig é uma empresa pública, do governo estadual. São dois entes públicos, visando ao bem comum. Não é como se estivéssemos negociando em uma empresa privada. Totalmente diferente. Ainda está em aberto. Ainda tem muita coisa para acontecer”, assegurou.

O Parque

Segundo dados da Codemig e enviado à Prefeitura, o Parque mereceria um investimento entre 10 e 14 milhões de reais. “Depende do plano de investimento a ser firmado, pode ser a longo prazo, 5, 10 anos”, disse Diogo Curi.

O Parque hoje funciona com 28 funcionários, sendo 23 concursados e 5 contratados. Números que, segundo a Diretora do Parque das Águas de Caxambu, Flaviana Fernandes, mereceria ser de 60 servidores. “Hoje, com novas atividades acontecendo na cidade, o movimento dentro do Parque aumenta consideravelmente. E, o Parque não é composto somente de seus belos jardins. Há também o balneário, as fontes, a piscina etc, que carecem de pessoal e manutenção”, ressaltou.

Hoje, funcionam, dentro do Parque das Águas, doze fontes, que se podem utilizadas, tanto no termalismo (banhos de imersão), como na crenoterapia (ingestão medicinal das águas). São possibilidades que podem ser aproveitadas ainda com as Universadades, ao darem continuidade aos estudos das águas, dos banhos de tratamento, da flora etc. Segundo Flaviana Fernandes, dentro do parque cabe uma diversidade de estudos que podem ser incrementados, como História, Paisagismo, dentre outros.

Jornalista Maria Augusta de Carvalho / O Popular .net - Caxambu


AUDIÊNCIA PÚBLICA DEVERÁ APONTAR NOVOS RUMOS PARA ADMINISTRAÇÃO DO PARQUE DAS ÁGUAS DE CAXAMBU


Uma nova etapa para o Parque das Águas de Caxambu pode estar se iniciando. Um modelo de gestão alternativo, tendo como parceiros a iniciativa privada, administrando somente setores pontuais do Parque, como restaurantes, pedalinho, piscina, balneário, quadra de tênis, quadriciclo, e outras atividades, pode estar surgindo.

E, até mesmo parcerias com as Universidades – públicas ou não -, para uma retomada dos estudos da crenoterapia (utilização medicinal de águas minerais como terapia), belas artes (como estudos de Arquitetura e Urbanismo) podem ser feitos. “Este parque é uma referência. Representa uma era”, anunciou o prefeito da cidade, Diogo Curi Hauegen, às vésperas de duas audiências públicas, onde serão discutidos os destinos do Parque.

Parque das Águas de Caxambu tem valor histórico inestimável / Fotos: Divulgação

O contrato de gestão deste local, referência para todo sul de Minas, entre a Prefeitura da Cidade e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), se extinguirá no último dia de junho próximo. O Parque de Águas minerais terapêuticas de Caxambu tem uma área de quase 200 mil metros quadrados, pertencentes à Codemig, e está sob gestão da Prefeitura de Caxambu há 30 anos. E, agora, a empresa pública estadual decidiu não mais renovar o contrato de cessão gratuito à gestão municipal.

Duas audiências públicas foram convocadas para o debate sobre o futuro do Parque. Uma delas aconteceu nesta quinta feira, (08/06), na Câmara dos Vereadores, em Caxambu e a outra na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte. Para os dois encontros, o prefeito levará esta solução de administração conjunta com a Codemig, com a possibilidade de uma futura Parceria Público Privada (PPP) na gerência de atividades extra-Parque.

A Codemig esclarece, em seu site, que não há qualquer intenção de fechamento do Parque das Águas. “Pelo contrário, a empresa reconhece sua relevância para além das esferas local e regional, tratando-o como rico e diversificado patrimônio, ao qual dedica especial atenção. Nessa perspectiva, a Codemig atua de modo a sempre valorizar e cuidar da preservação desse e de outros importantes acervos turísticos e históricos de Minas Gerais”, afirma. Contudo, o motivo para a não renovação do acordo são os resultados financeiros que o Parque das Águas apresenta. Segundo dados apresentados pela própria Prefeitura Municipal de Caxambu, o Parque é, historicamente, deficitário: o resultado de 2013 a 2016 aponta prejuízo acumulado de R$ 1.089.695,64.

O prefeito havia proposto um modelo de gestão conjunta do Parque. “Propusemos um modelo em que juntaríamos o Centro de Convenções – ativo do Município de Caxambu - com o Parque das Águas – que é ativo da Codemig - e formaria assim um empresa pública de desenvolvimento regional, servindo também para abrigar e consorcia-se com equipamentos que a Codemig tem nas cidades vizinhas, de Lambari e Cambuquira. O objetivo é criar uma empresa que tivesse como objetivo o desenvolvimento do Circuito das Águas, com sede em Caxambu”, anunciou Diogo Curi. Entretanto, a Codemig não vê futuro nesta proposta.

Para o presidente da empresa, Marco Antonio Soares da Cunha Castello Branco, a criação de uma empresa pública para exploração dos ativos da Prefeitura e da Codemig estaria submetido às restrições afetas à legilação que rege os entes estatais. “E, portanto, de difícil viabilidade econômica em um mercado cada vez mais competitivo”, afirmou em documento endereçado ao prefeito, em abril passado. “O caminho perseguido pela Codemig é o de estabelecer uma parceria com empresa privada para assegurar condições de comercialização competitiva para suas águas minerais e de seus parques termais”, finalizou.

Mas, Diogo Curi não se dá por vencido e diz que ainda há espaço para negociação. “Não tem nada fechado ainda. A Codemig é uma empresa pública, do governo estadual. São dois entes públicos, visando ao bem comum. Não é como se estivéssemos negociando em uma empresa privada. Totalmente diferente. Ainda está em aberto. Ainda tem muita coisa para acontecer”, assegurou.

O Parque

Segundo dados da Codemig e enviado à Prefeitura, o Parque mereceria um investimento entre 10 e 14 milhões de reais. “Depende do plano de investimento a ser firmado, pode ser a longo prazo, 5, 10 anos”, disse Diogo Curi.

O Parque hoje funciona com 28 funcionários, sendo 23 concursados e 5 contratados. Números que, segundo a Diretora do Parque das Águas de Caxambu, Flaviana Fernandes, mereceria ser de 60 servidores. “Hoje, com novas atividades acontecendo na cidade, o movimento dentro do Parque aumenta consideravelmente. E, o Parque não é composto somente de seus belos jardins. Há também o balneário, as fontes, a piscina etc, que carecem de pessoal e manutenção”, ressaltou.

Hoje, funcionam, dentro do Parque das Águas, doze fontes, que se podem utilizadas, tanto no termalismo (banhos de imersão), como na crenoterapia (ingestão medicinal das águas). São possibilidades que podem ser aproveitadas ainda com as Universadades, ao darem continuidade aos estudos das águas, dos banhos de tratamento, da flora etc. Segundo Flaviana Fernandes, dentro do parque cabe uma diversidade de estudos que podem ser incrementados, como História, Paisagismo, dentre outros.

Jornalista Maria Augusta de Carvalho / O Popular .net - Caxambu